Esta palavra, usada ao longo dos séculos, ficou desgastada a tal ponto de ser empregada atualmente até para os impulsos; os casais, impelidos no atender suas urgências, confundem as pressões endócrinas com amor; outros, apesar das juras de amor “eterno”, não vacilam em acionar o gatilho se o outro foi buscar a felicidade com um terceiro... Amor não é dar; é dar-se; o sujeito atuando sobre si mesmo pela abdicação, pelo despojamento de tudo; a mãe que procura o filho, nada quer em troca; isso é amor. O amor é reflexivo; instala-se sobre o despreendimento; se deixo de fazer o que eu queria porque minha consciência repele, isso é atuar sobre mim mesmo; isso é um ato de amor.
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