terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Conhecer as Limitações ( Em 18/10/2009 )

As limitações existem em todos os âmbitos a que nos dispusermos destinar. As limitações estão no espaço, no tempo e fora do espaço-tempo, as limitações cessam: entramos na área do ilimitado.
Se o conhecimento dessas nossas limitações é referente ao nosso lado de fora, é fácil de sabermos que não temos; dinheiro, saúde, amor, relacionamento, vida digna é fazermos frente aos impedimentos com as disponibilidades que pudermos contar para alcançarmos nossos planos, nisso a criatividade é a grande mestra do improviso a nosso favor e conhecimento dessas limitações é crucial para aprendermos a sobreviver a elas. Existem conhecimentos outros de nossas limitações que são simplesmente superados por algumas providências a que nos submetemos. Trata-se de nos decompormos: partir nossa equação em partes menores para alcançarmos áreas que rompem os limites. Se somos formados por duas partes básicas de Mente e Consciência, mas, antes de alcançarmos a Mente somos inconscientes; daí a seqüência em quatro estágios: do inconsciente para a mente, da mente para a consciência e daí para a luz.
Se nos ativermos à vida no inconsciente, seremos em pé de igualdade com os animais: se alcançarmos o estágio da mente, a disposição se acentua pela necessidade de atendermos os atributos da mente. Teremos e nos utilizaremos deles voltados para nós e não para o mundo. Somente aí conheceremos nossas limitações, porque já passamos por seus desafios e nos despedimos delas porque estaremos num lugar em que as limitações se diluíram no vazio de tudo.Peça escrita durante o mês de Junho de 2009

Cosmovisão Indígena ( Em 18/10/2009 )

Um índio autêntico tem a visão de uma criança; está bem próximo da consciência; é muito mais consciente do que mental; vive no silêncio da natureza, em comunhão com ela e contempla o céu: vê, no céu, no firmamento o princípio de sua fé; não importa a roupagem com que ele vista suas crenças e como as manifesta; importa que ele contempla o céu, sente o existir de uma força maior e traduz sua sensibilidade em rituais conforme sua influência sobre o grupo.
A maneira como seus rituais são cultivados pode variar em muitas derivações; isso é o externo; exprime a visão de cada um, no poder de adaptar o que viu, o que sentiu às tradições e ao culto de seu povo.
Interessa-nos aqui esse poder de sintonia; essa cosmovisão com que ele associa sensibilidade e atuação. Contempla os astros e estabelece afinidade entre o que contempla e o que sente; contempla o firmamento e o silêncio de lá aciona o silêncio de cá e a afinidade se apura; contempla o cosmos e aquela visão repercute em seu interior, como sinais de uma empatia e começa a encontrar, no próprio interior, repercussões, ligações de estrelas e passa a identificar algumas delas pelos  sentires de seu corpo; de tal modo que, quando olha para uma delas, sente a vibração no próprio corpo, como estimulo distante à própria vida. Disso, podemos nos valer também: não é necessário que sejamos versados nessa ou naquela ciência; não é necessário que tenhamos essas ou aquelas letras: para entrar em contato com  as entidades celestes, basta que tenhamos o coração vazio, porque, pelo vazio do coração é que a Consciência revela seu alfabeto escrito no universo e que só os simples conseguem entender e adquirir essa visão do cosmo como extensão dele mesmo. Peça escrita durante o mês de Junho de 2009

O mesmo sopro permeia toda existência. ( Em 12/10/2009 )

Eis um insight, um flash que vem de alguma camada interior; alguém experimentou essa verdade e a traz para nós na força de sua síntese. O mesmo sopro é o qu vem da consciência; a Consciência é o princípio de tudo; ela soprou sobre suas criaturas, conforme iam emanando em seu processo criador e derivante, porque o que a consciência cria nas criaturas, já existe no processo de reprodução, recriação, ampliação e o mais fenomenal é que cada coisa gera o seu oposto. Apenas o ser humano põe-se ou interpõe-se a essa reprodução e pode conduzir-se de volta para o principio gerador; só o ser humano tem esse poder de, em si mesmo, processar o milagre de se opor ao principio criador e dirigir-se pessoalmente para ele. O sopro veio dele; nós estamos vinculados a ele por esse sopro. No entanto, o poder de distinguir, de discernir é pouco celebrado entre os seres humanos e a noção do sopro perde-se na confusão de cada dia.
Esse sopro permeia de fato todas as coisas e nós não nos percebemos vinculados a ele, como por um fio umbilical.
Costuma se dizer que o ser humano é o ápice da criação divina; correto porque, só no ser humano, estão todos os atributos de fazê-lo voltar a sua fonte; em torno do ser humano estão todos os princípios de sua fonte; eles são o sopro que se tornará mais ativo conforme nossa proximidade e conforme nos imbuírmos dele.Peça escrita durante o mês de Junho de 2009

Ter ouvidos às vezes que falam em nós. ( Em 12/10/2009 )

É precisa essa audição porque de onde vierem precisam ser acolhidas e tomadas providências. São duas as origens destas vozes: elas podem vir do inconsciente ou podem vir dos impulsos da alma. As vozes que vem do inconsciente tem objetivo indicado: revidar a ofensa, envolver-se no vício, praticar o mal; essas precisam ser ouvidas com o intuito de que tiremos sua raiz de dentro de nós pelo perdão a quem nos fez ofensa; conhecido ou não; que o perdão passe a ocupar o lugar daquela voz que acabou de se deslocar. Outros tipos de manifestações que se verificam em nós, dá-se por arroubos, uma vontade de chorar, um vazio, uma aspiração pouco clara. Essas são causadas por liberação de energia da alma. Um exemplo é o choro na mulher: ela chora por manifestações da alma e não sabe relacionar seu choro com seus estados de consciência. Quanto mais sensível mais chorona. Assim acontece com as pessoas sensíveis à manifestações da própria alma. Deve-se buscar no silêncio de si mesmo a mensagem que se pode traduzir como necessidade de mais reflexão sobre a alma que quer liberar mais energia com que ela possa atuar no mundo.
Estar atento a si mesmo é já a manifestação de um anseio que se manifesta para o bem ou para o mal; em qualquer dos casos resolvemos tudo pela vontade de perdoar porque o perdão é um bem da alma.Peça escrita durante o mês de Junho de 2009

Destino Comum ( Em 12/10/2009 )

O destino das coisas em geral é sujeito ao movimento e as marés do tempo. Diluir-se nelas. Nisso seu destino é igual: “nada se perde; nada se cria”, conforme Lavoisier. Quanto ao destino do ser humano, também é igual nesse roteiro: do inconsciente para o estágio da mente; vencido o estágio da mente, mergulhar na Consciência e daí para a Luz.
Esse é o roteiro, incluindo todos os percalços da trajetória; essa é de difícil vencer, porque nos perdemos no emaranhado que se situa no inconsciente e que não nos deixa enxergarmos, com clareza, o fio de prumo dos caminhos de cada um. Sim, porque não são iguais; infinitos  são os tipos de vivências que o ser humano experimenta no percurso e, conforme se confunde, mais se enrola na teia e aqui o destino não é comum, aquele cada um tem de desvencilhar; cada um na sua.
O destino só é comum quando enveredarmos pelo lado de dentro de nós mesmos. Para dentro de nós, o destino é comum; o silêncio interior e nada mais. Bata fazermos o silêncio interior; a alma se encarrega de tornar comum nosso destino. Peça escrita em Junho de 2009

Um outro mundo é possível? ( Em 04/10/2009 )

Sim. Eu era pobre e ganhei na loto; mudei de mundo; era ignorante; cursei a faculdade; mudei de mundo. Ah! Não é deste mundo a que você se refere? Não era!
Nas escalas do espírito também é assim: quanto mais eu adquiro consciência. Mais eu mudo de mundo. Imaginemos o sujeito leu tanto e não percebeu que seu aperto lhe tirou a luz do sol; janelas abarrotadas de livros; súbito ele se dá conta de que precisa da luz e vai tirando os livros das janelas; a cada livro que ele retira, entra no quarto um filete .

Cada filete que lhe penetre de sabedoria, é uma mudança de mundo e assim até que todos os livros que impediam a entrada de luz sejam retirados. E há mais ainda: cada vez que se esquecer dos livros; cada vez que abdicar dos livros, a luz lhe vem de dentro para fora e, nos próximos mundos, habitaremos áreas mais iluminadas pelo que fizermos por esquecer de tudo. Há pois o mundo dos que ganharam na loto, esse tudo tem para seu sustento e há os que abdicaram de tudo: esses se sustentam na luz que não se apaga, independentes de onde estiverem.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

Armadilhas perigosas podem se esconder por trás de instituições sóbrias ( Em 04/10/2009 )

Há uma afirmação segundo a qual Satanás se veste de luz para nos enganar. Na faixada de muitas organizações tidas como sérias, está um tirano escondido a fim de tirar provento de nossa ingenuidade. Preciso dar exemplo? O que dizer dessas negociatas com sobras de campanha e barganhas das passagens aéreas e hospedagens..Em quais instituições elas aconteceram? Nas  escalas de representação do povo!
“Meu Deus... mas que bandeira é essa?
Que imprudente na gávea tripudia Silencia musa; chora, chora tanto.Que o pavilhão se lave no teu pranto. Assim chorava o grande Castro Álvares. Assim choramos nós com ele.
Bem é que ingressemos em outra linha de pensamento pela qual nos afastaremos desses achaques ao erário público. Pelo menos nos afastaremos desses túmulos caiados e que nossa visão ganhe dimensões de outros horizontes.
Nossa direção é a da luz, onde Satanás não alcança que sua luz é igual às asas de Ícaro: quis subir, mas eram asas de cera e ele se esfacelou. Não existem instituições sóbrias que na luz da sabedoria, todas estas quimeras perdem o sentido de ser e também perdemos nós o sentido de ter.Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

Viva de acordo com suas posses ( Em 04/10/2009 )

Significa não avançar o sinal de nossas economias; quando o sinal está amarelo, é hora de parar. Assim em nossos compromissos pessoais; em tudo, não ir além de nossos limites. Só há um ponto pelo qual os limites precisem ser ultrapassados: aquele que se destina ao interior de nossas potencialidades; aí estão nossas posses reais; aí não há limite de viver.
Viver de acordo com nossas posses é buscar essas posses dentro de nós mesmos; que lá elas esperam para caminhar conosco quais servidoras que a alma cria para sermos felizes.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

A natureza reage; e nossa inteligência não supera sua força ( Em 23/09/2009 )

São tantos os percalços impostos à natureza pelo homem que ela apenas comete reações, no extertor de sua angustia em aflição. A natureza apenas busca reações, adaptações aos tantos bloqueios de toda espécie. As experiências de explosões atômicas subterrâneas são espécies de agressão pelo homem a que a natureza tem de se adaptar, pelo deslocamento que cada explosão dessa causa em seu interior. E quantos fazem essas experiências no segredo de sua impiedade! E que dizer do lixo de tantos satélites, muitas toneladas soltas no espaço? E as camadas de ozônio que inibem a terra em suas revestiduras?
A tudo isso e muito mais, a terra apenas reage buscando adaptar-se a cada agressão; e é claro que, quando reage, busca apenas cobrir débitos; falhas que cometemos e nossos envolvimentos tornam-se inevitáveis.
As tsunamis, o avanço das marés, os degelos, são muitas formas de a natureza se adaptar às agressões do homem; e aí o próprio homem é a grande vítima de sua força; nada detém a natureza quando precisa manifestar-se pelo excesso de água em regiões de seca, o mar invadindo as cidades, tremores e a terra se despindo.
Quem detém esses inesperados impulsos; onde está a natureza se movendo por estabilizar-se, seria causar desequilíbrios maiores. A inteligência do homem não alcança esses desavisos. Assim como a inteligência do homem não possui impedimentos que o homem caia fisicamente, também não há inteligência que impeça estes grandes deslocamentos a cujas adaptações à natureza está sujeita e nós com elas.
Estas coisas acontecem causadas por uma inteligência coletiva que, lentamente, veio minando a terra e de que resulta agora nessa soma cujas conseqüências os homens não conseguem conter; nas estreitezas de sua incapacidade, já porque os homens apenas dão sinais de que querem mudanças, mas o íntimo de cada um aponta carências a que eles não desistem de, à calada da noite, adicionar à terra os fatores da derrocada. Enquanto destruía pelo lado de fora, não preservou seu lado de dentro e esse não resiste de se anular por elas, que ambos são filhos do silêncio agredido e ambos sofrem sem que a inteligência de fora possa deter o que se passa fora da inteligência.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

Reinventar-se ( Em 23/09/209 )

O pronome “se” é reflexivo; sujeito atuando sobre si mesmo para uma nova invenção. Como já está ele feito, este pronome “se” só pode encontrar assunto pela visão interior, pela visão que tivermos de nós mesmos. A reinvenção terá como base um dado interno que leve os circunstantes a nos identificarem como reinventados. Reinventar um caminho para a própria interioridade? Os asiáticos inventaram formas de caminhos, pela ioga, pela meditação encontram a paz, mas esta paz tem sempre uma motivação atuante no mundo; explico-me; os orientais trabalham o próprio interior, mas seu modelo de trabalho está fora deles: é Buda; são os deuses antigos todos situados no mundo dos homens; a originalidade de nos reinventarmos tem que ser feita com um modelo que se situe dentro de nós e esse modelo interno em cada um é a consciência.
Todo “reinventar-se” precisa começar pela consciência de adicionar a nós valores que se motivem dentro de nós. Reinventar-se é, por exemplo, aguçar a intuição; trabalhar a sabedoria, lutar contra a negligência. Isso é valor de reinvenção de si mesmo com que podemos nos reinventar. Como são atributos da Consciência, levam-nos sempre a nos reinventar-nos nas atividades a que nos dedicarmos.
Reinventar-se é ser mais.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

A Felicidade ocorre quando subimos a Montanha ( Em 23/09/2009 )

Sim. Que quando alcançamos o alto, outros horizontes nos atraem e vamos sempre mais atraídos nessa aventura que é a vida. A felicidade está no que já percorremos porque, a cada etapa vencida, é vivenciada uma nova visão do que ficou para trás. Daí se dizer que ser feliz é conservar a determinação de um ponto a alcançar e viver os acidentes da jornada. Chegar, será mudar de ponto a alcançar e se vestir de coragem  para uma nova jornada, e cujo ponto de chegada se multiplica a cada vencer por alcançar. Neste aspecto, os diversos pontos que vão surgindo, tornam-nos dispersivos e as constantes jornadas se tornam rotinas e enfadonhas.
Daí ficarmos com o previlégio da primeira jornada em que nos centramos num ponto e fazemos dele um motivo de viver. A jornada é rica de acontecimentos que vamos descortinando e aprendendo com eles. Surgem para que aprendamos a contorná-los e enriquecer a viagem. São motivações; nós passamos a ser o cão de Pavlov:  a cada resposta acertada ganhamos um doce; a cada degrau subido, ganhamos por descortínio, uma nova lição com que contamos quando outros obstáculos se impõem a nós.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

Retroceder Nunca, Render-se Jamais ( Em 22/09/2009 )

Expressão ao soldado; indução ao combate por mais acirrado.
Nós participamos de outras guerras, na dimensão de cada dia e aí a guerra é mais acirrada porque nem sempre conhecemos o inimigo, seu terreno, sua estratégia contra nós. Nem por isso, temos o direito de retroceder; de nos render aos obstáculos.
A teimosia do homem é, quase sempre, uma forma intuitiva de não se render. O velho Camões nos aconselhava:
“Da decisão que tens tomada, não desistas à obra começada!”
Somos todos soldados em linha de frente e a ordem que devemos estabelecer em nós é a marcha para frente, na direção de nossos ideais. Uma vez que nos decidirmos por alcançá-los, a felicidade já não está no alcançar, mas no caminhar em sua direção.
Terminou nossa trajetória? O que vamos fazer? O melhor é o ideal vivo em frente, sem retroceder; nisso nos tornamos fortes; sem se render; nisso nosso ideal dá sentido à vida e seremos fortes com ela.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009

O que você faria hoje? ( Em 13/09/2009 )

Antes de qualquer oração, eu faria uma análise de mim mesmo: sou Consciência ou sou Mente?
Vivo em um mundo de aplicação dos atributos mentais: memória, razão e inteligência; isso eu aplico todo dia, na vida de cada ação.
Quanto à minha consciência, o que sei? O que aplico dela se não sei?
Sei que tudo no mundo se realiza pelo equilíbrio dos opostos: sei que Mente e Consciência são opostas, porque uma atua no movimento e a outra permanece em repouso; da conciliação destes opostos, nasce uma terceira entidade: a luz; portanto o que eu faria primeiro era estudar a consciência e aplicar seus atributos para alcançar a luz.
Peça escrita  durante o mês de Maio de 2009

Que tipo de ação tira você do Sério ? ( Em 13/09/2009 )

- A negligência.
- Mais do que a injustiça?
Sim. A negligência é a negação de minha verdade pessoal. Eu estabeleço comigo um trato de arrumar minha cama, de ajudar a lavar os pratos; se deixo de cumprir uma verdade que eu estabeleci comigo mesmo, eu estou traindo minha verdade; se traio mina verdade, por extensão, eu traio a verdade do outro; cometo a injustiça com a maior facilidade.
Nós ouvimos o Cristo dizer: faze depressa o que tens de fazer! E pensamos que ele está se dirigindo a Judas. Não! Está se dirigindo a nós que não sejamos negligentes no que nos propusemos a fazer.
Peça escrita  durante o mês de Maio de 2009

Se você fosse mulher por um dia, o que você faria? ( Em 13/09/2009 )

Eu sairia conscientizando as mulheres de sua capacidade que elas ignoram. . O pensamento da mulher não é racional; é intuitivo; pela intuição, ela aplica: sabedoria, verdade, justiça, amor e seus derivados.
Um exemplo de derivação do amor na mulher é a vida.. Pela intuição ela aplica esses quatro atributos no mundo. Como vive no mundo, atua também com os tributos do homem – memória, razão, inteligência. Portanto, enquanto o homem atua apenas com seus atributos, a mulher, no mundo, pode se utilizar de sete atributos e, nisso, ela é superior à capacidade do homem.
Eram esses dados que eu iria incutir na cabeça das mulheres se me tornasse uma delas por um dia.
Peça escrita  durante o mês de Maio de 2009

Amigos e Parceiros ( Em 23/08/2009 )

Os meses de Maio, Junho e Julho deste ano, como é de conhecimento de todos, passamos por uma prova de fé e esperança. Em cada momento, procuramos de todas as formas manter o foco e pensamento positivo com relação ao Mestre. O desenlace se manifestou na passagem do mesmo para um plano superior onde a energia da qual Ele tanto pregava e mencionava em seus textos , principalmente no blog, se tornou sua própria manifestação de vida. De acordo com Seu pensamento somos remetidos a mais um aprendizado procurando ser pessoas melhores e mais profundas no que se refere à religiosidade de cada um, independente de credo ou raça. Como ato objetivo de continuidade, os filhos decidiram dar seguimento ao blog do Mestre além de outros projetos a serem pensados para o futuro. Por enquanto, agradecemos a todos os que estiveram e estão sempre presentes. Justificamos nosso silêncio pelo fato de estarmos focados na resolução de fatos práticos de nossa vida terrena. Porém, em breve, estaremos iniciando uma nova fase onde poderemos juntos com todos os seguidores e amigos do Mestre dar prosseguimento à sua obra, não para nós, mas por nós e por todos aqueles que tiverem sempre a sede de aprender e colocar em prática tudo aquilo que o Mestre nos ensinou. Como primeiro passo, estarão sendo publicados textos inéditos do Mestre entre os dias 08 e 13 de Setembro de 2009. Posteriormente, tentaremos esboçar rascunhos para publicação dando continuidade ao Seu trabalho sendo que o único e principal objetivo deste trabalho é e sempre foi desde o início sua intensa divulgação almejando sempre o desenvolvimento da mente humana. Quanto mais pessoas lerem, se interessarem e divulgarem este material, maior será a expansão de consciência e portanto maior sua libertação que como o Mestre dizia era seu próprio intuito – o intuito de fazer com que todos floresçam em si mesmos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Hospital Oswaldo Cruz – 1/6 ( Em 01/06/2009 )

Estive num hotel de luxo. Dizem que é um hospital; para mim foram mais de 20 dias de lazer, sob o comando do Doutor Ciro.  
Já não me refiro à competência dos Médicos que isso se espera de um ambiente como aquele. O que me atraiu, o que cativou sobremaneira foi verificar a interação entre o pessoal, cujas atitudes retratam decerto e a filosofia do Hospital. Andam todos por uma linha do centro, empenhados na causa de bem servir e, muito mais do que servir, fazer de seu serviço um ato humano. Difícil num ambiente coletivo!
Ao tempo que ali estive, jamais me apareceu um profissional de qualquer linhagem que não se manifestasse pela mesma postura de irradiação, desde as moças que serviam a comida às faxineiras, o corpo de Enfermeiros, gente preparada para permanecer no centro, entre o sorriso alegre e uma outra postura quando o ambiente impõe.
Claro que a fisionomia não será a mesma ante um doente angustiado, terminal; e essa capacidade de saber distinguir é a marca eficiente dessa grei que atua no Oswaldo Cruz.
O que dizer das amizades que fiz por lá, com cada um debochando da própria doença, à queixa bem humorada eles sabiam interpretar com não menos humor?
            Lembro-me de ser conduzido a certo ambiente onde um senhor calvo estava concentrado, talvez com certa estatística; eu simplesmente lhe atirei: - aquele é Sócrates, só sei que não sei.
E o diálogo se abriu o mais proveitoso; não era apenas o cientista; incorporava a humanização do ambiente, denominador comum que pude observar no âmbito do Hospital Oswaldo Cruz.

Há homens que habitam terras
Em terras de pouca luz
Mas a luz ali se encerra
Nas terras do Oswaldo Cruz.

Corre o sorriso constante
Corre a alegria geral
Eis uma forma elegante
De se combater o mal.

Um Hospital? Um celeiro
De almas abnegadas
Em cada qual um luzeiro
Com que formam uma alvorada.

Manoel de Farias Nery


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Origem e Destino humano – Conclusão – 2/6 ( Em 01/06/2009 )

Acompanhei seus artigos sobre a Origem e o Destino humano; acompanhei tudo; não me pareceu algo a acrescentar; serão assimilados daqui a 200 anos. Você não gostaria de indicar as datas em que os publicou?

1 - Ser Humano – Origem - Procedência e Destino – 1/6 - 21/04/09

2 - Ser humano – Separação da Mente -Procedência e Destino – 2/6 – 28/04/09

3 - Ser Humano – Inconsciente - Procedência e Destino – 4/6 – 05/05/09

4 - O ser humano – Procedência e Destino  - Bloqueio do Espírito - 2/6 –12/05/09

5 - O ser humano – Procedência e Destino  - O Abismo - 2/6 –24/05/09

6 – O ser humano – Procedência e Destino - Conclusão

Eu lhe pedi que reunisse todos para lhe mostrar uma falha que me pareceu gritante; posso estar errado: - não há lugar para Jesus Cristo em nosso destino? Você nega Jesus Cristo!
-para você entender melhor, serão precisas etapas da trajetória do homem; pode ser?
-sim. Claro!
-então vamos lá: Jesus Cristo não faz parte de nossa história pessoal, mas entra como
o que veio corrigir um defeito na trajetória que se estabeleceu desde nossas origens
- não entendi.
- vamos começar do começo; indico apenas as fontes para não alongar muito o texto; está
  bem? Estão os 3 ouvindo; Deus se dirige à serpente, à mulher e a Adão. À mulher ele diz:
- tu ferirás a cabeça da serpente e ela te ferirá no calcanhar. (1),
Outro assunto: ao longo de todo o Antigo testamento, predominou a razão, o movimento, era o olho por olho, dente por dente. Entenda que a serpente era a Mente. O próprio Deus era Mental, inconsciente, por isso se manifestava como desequilibrado; isso ao longo do Antigo Testamento; veja como Deus era: Ciumento – Irado – Furioso – Vingativo – Sádico.
Era um Deus inconsciente, apenas mental. Não nos esqueçamos de que a Mente tinha se afastado do Consciência. A mente continua sendo inconsciente.
Quando Deus diz à mulher que ferirá a cabeça da serpente, está afirmando que a mulher vai dizer, fazer algo fora da compreensão da serpente; algo que a serpente desconhece; daí se explica que a mulher fale a linguagem da: intuição, sabedoria, verdade, justiça e amor e seus derivados.
A serpente nada entende senão da lei do revide: causa e efeito.
Foi então, foi então, foi então que uma menina, 9,10 anos resolveu fazer uma brincadeira de entrar em si mesma. Ninguém viu; estava sujeita à bota do exército romano ou às tradições de seu povo que adorava um só Deus
Lembra do abismo que existe entre a Mente e a Consciência? (8)
Essa menina desceu tanto em si mesma que foi se colocar ali dentro do abismo e, para lá, levou a Luz; ali deu à Luz um filho; é por isso que não havia lugar para eles.(9)
o lugar era o abismo entre a mente e a Consciência.
Logo em seguida você vê nos filmes, Maria subindo escarpas, montanhas montada num jumentinho; aquilo é a saída do abismo para visitar sua prima. (10)
Mas o menino nasceu ali; pertence àquele lugar e não consegue sair dali se não for por interferência nossa: minha, sua, do outro. Apenas nós, cada um podemos tirá-lo de lá.
Cristo não pertence a nossa história, mas está com os braços abertos para que passemos do Antigo para o novo Testamento; da Mente para a Consciência por isso ele diz que ninguém vai ao pai senão por mim.(11) Ninguém alcança a Consciência se não passar pelo que ele ensinou. 
Agora vem uma cobrança: Cristo continua no abismo porque nós continuamos adorando um Cristo que já não existe; continuamos adorando um Cristo pela memória e pelos órgãos dos sentidos nas encenações que nos são apresentadas.
Esse Cristo já não existe; pertence ao passado. O Cristo atual continua no abismo entre nosso espírito e a alma, com os braços estendidos disponíveis que saiamos do mundo da serpente; na mente, do mundo de um Deus inconsciente que habita ainda em nossa mente, mas que precisa ser conduzido de volta ao encontro com o Pai, então seremos luz.
Cabe a cada um de nós tomarmos a iniciativa em si mesmo para que o nosso Cristo pessoal saia do abismo; assim também nós seremos para que em nós seja um com o Pai; daí virá a luz sobre nós.

(1)  tu esmagarás a cabeça da serpente e ela te ferirá no calcanhar. (Gn1, )

(2) Ciumento Ex34,13

(3) Irado Num 11,1 e 11,1o

(4) Furioso Ex 38,19

(5) Vingativo 1Rs 9,7 – Ex 20,2-17 – Deut 34,28 – Mt 11,40

(7 )Sádico: manda Abraão matar o filho e suspende a execução só para testar se o profeta o amava de verdade

(8)Lembra do abismo que existe entre a Mente e a Consciência Gn 1,1?

 (9) é por isso que não havia lugar para eles Lc 2,7

(10) - (Lc1,42).

(11) – (Jo 14,6)

Êxtase – 3/6 ( Em 01/06/2009 )

Quietude, serenidade. Qualquer movimento que ultrapasse a linha da mente; o organismo se agita por receber outros fluxos de que resulta em incapacidade do organismo de conter o excesso de energia.
Então, em êxtase o corpo se excede em tremores e espasmos enquanto a mente permanece no vazio da consciência; absolutamente envolta na alegria do encontro. Como a Consciência é o princípio de tudo, o Pai, como é designado pelas religiões; a Mente é o Filho, regozija-se quando retorna à convivência com o Pai.
Nesses encontros, os corpos de alguns místicos reagem de forma variada: uns ficam tesos rijos e se dão sinais de vida apenas pela batida do coração, pelo nível da pressão; o mais é quietude absoluta porque a mente saiu do movimento e alcançou o repouso; está em repouso.
As visões interiores são as mais variadas sobre o que se passa em outros planos e o místico, com muita frequência, não se imbui da obrigação de passar o que viu, ouviu para a terra; isso não é bom! Na convicção de que aquilo não seria entendido pelo povo; cria assim entraves de prosseguir  para outros planos; terá de voltar para deixar o que sabia e não revelou. Não importa saber se o povo está no nível de saber ou não; com o tempo, aquilo será entendido e traduzido para orientação do povo, o que importa é que não podemos manter esses segredos, salvo se formos orientados para tanto.
Êxtase assim transforma-se numa prisão para o espírito e se transforma em inquietação para o monge que não sabe transmitir suas experiências. 
Há os que levitam por extremo desapego; o corpo se tornou leve quando meditam a tal ponto de não sofrer a atração da terra. Entra no vazio de tudo e fica como os astronautas: suspensos da terra.
Em qualquer situação o êxtase resulta de uma entrada em si mesmo e espírito e consciência, quanto mais pleno for esse contato.  
            O perigo do êxtase é apenas a necessidade de passar alguma experiência para os da terra; sem isso, o êxtase é pura exibição.

Tranquilidade – 4/6 ( Em 01/06/2009 )

A tranquilidade é do rio, do lago, da floresta. Esses componentes estão em nós. Por que não encontramos a mesma tranquilidade? Temos correntes de energia: temos lagos nos ventrículos de nas aurículas do coração; lugares da alma, retida por falta de utilização e temos a floresta de pensamentos. O que nos falta? Bem, o que nos falta para isso é tomarmos a consciência de que esses fatores de paz existem e nós; tomada a consciência, fazermos utilidade deles, no sentido de alcançarmos a tranquilidade. Estar em tranquilidade é fundamental para atuarmos no mundo; o mundo é da velocidade; se somos tranqüilos no mundo agitado, neutralizamos as correntes de agitação que se afastem de nós. Não sabia?  Energia se desvia de ambiente calmo; não venha me dizer que você não percebe a tranquilidade no interior de uma floresta!! A energia do movimento se desvia em parte porque ali está o repouso. Ali tudo é tranquilo. A energia do movimento se desviou; se não se desviar, perde o ímpeto porque ali está o repouso. O repouso nutre a floresta. A floresta vive no silêncio e no silêncio é o repouso.
Nosso destino é o de entrarmos no mar da tranquilidade pelo propósito de estarmos bem com nós mesmos.

Felicidade – 5/6 ( Em 01/06/2009 )

Muitas vezes tenho mencionado, nestas linhas a palavra abertura; quando distendemos nossas resistências internas.
A felicidade é real e tem de abertura; algo de fora nos motivou a nos abrirmos e nós mesmos liberarmos energias do repouso que vem se juntar à do movimento. A felicidade resulta dessa junção de energias. Por isso não nos esquecemos de momentos em que fomos felizes. É um êxtase no silêncio, a felicidade é um portal do êxtase que se verifica no movimento em que a felicidade se verifica por erradicação, contaminação de um ambiente, em que muitos podem participar daquele estado de ser feliz.
Por ser a felicidade causada por encontro de energias, parece que a felicidade maior é a de servir, e não servir-se; Ajudar ou servir é servir-se porque o ato de ajudar faz recair de volta a intenção com que ajudamos e, nesse jogo é que se instala a felicidade. 
Ser feliz é poder fazer em si mesmo aberturas que propiciem uma mudança de estado; ser feliz é ser consciente de um poder de irradiação e de alimentar essa poder que se propague a outras consciências. A verdadeira felicidade vem de nosso poder de despertar consciências.

Concentração – 6/6 ( Em 01/06/2009 )

É a fixação da mente em um ponto, de preferência sem objetivo algum.
Há os que, para fazerem exercícios de concentração, tomam um texto relativamente curto e se propõem a fazer 20,30 alterações, apenas para manter a mente fixa no ponto predeterminado.
Concentrar-se é manter a mente em um centro, um ponto, como fazem os atletas: fixam a mente no objetivo que querem alcançar: vencer a disputa.
Concentrar-se é ir com a mente para um centro; a mente não pode ir só; temos de ir com ela porque o ato é reflexivo; o sujeito pratica e recebe a ação: recebe a ação porque precisa ir junto colocar-se ali com o objetivo que quer alcançar.
É uma prova? Temos de nos ver fazendo a prova e acertando as questões que nos conduzam à aprovação; sem desviar a mente do foco. Concentração é isso; ser forte pelo controle da mente, já que nada se faz sem ela.
Se quisermos avançar um pouco mais no controle da mente, o lugar ideal para a concentração é o abdômen; sentir a respiração intumescendo e esvaziando ritmadamente a região.
Resulta de um trabalho que devemos fazer com nós mesmos a todo instante: assim, vamos neutralizando o barulho que a mente faz; são vozes que surgem do nada em nossa mente; com elas, a mente se dispersa e, em mente dispersa não há concentração.
Repito que a principal delas é a que se fizer centrado no abdômen, o maior tempo possível: elimina os gazes, diminui a tensão porque a energia se desloca do peito e previne doenças relacionadas com bronquite.


Os dois cavalos - 1/6 ( Em 25/05/2009 )



A Professora Sílvia Saraiva teve a gentileza de me mandar uma história que me causou profunda emoção. Efeito talvez dessa vivência em hospital. O fato é que não me contive.
Ela conta de certo fazendeiro que tinha dois cavalos; um era cego e o dono pôs um sininho no pescoço do outro; assim o que não enxergava sabia orientar-se pelo som do sino.
Acabou a história; você quer mais?
Qual o som do sino que você carrega para orientar os que estão a seu lado, os que não
enxergam?
Ah! Você está precisando de um deles? É só apurar o ouvido; preste atenção em sua respiração; as divindades têm seus afeiçoados em cujo coração existe um sininho disponível para que você não transite sem direção.
Você ouve agora? O sino pode estar bem a seu lado ou diante de seus olhos.

Reflexões – 2/6 ( Em 25/05/2009 )

             Este é um mundo da Mente.
             O mundo da mente está saturado pelo inconsciente humano.
            A Mente não é inconsciente; os atributos da Consciência estão latentes nela, mas a Mente está cerceada pelas forças do inconsciente. Você trabalha com atributos da Mente.Esse emaranhado todo nos tira a capacidade de discernimento.O inconsciente luta, usa de todas as estratégias para se manter neste mundo.Qualquer tentativa de introduzir aspectos da Consciência no mundo do inconsciente será reprimida pelas forças do inconsciente.Essas forças têm se esbatido sobre mim, com várias astúcias e eu já tenho certa vivência com elas.
Publiquei, até agora, 5 (cinco) artigos sobre a procedência e destino humanos; segundo essas forças, o assunto não deveria ser revelado; a mente humana têm de se manter alienada desses conhecimentos.
Elas me revidaram; mas ainda desta vez, o golpe passou de raspão
uanto mais o homem, o ser humano for inconsciente no mundo do inconsciente, mais o homem se dá bem aqui.
Por outro lado, este é o mundo do movimento e nós temos trânsito certo rumo à Consciência: do inconsciente para o domínio da Mente e daí, para a Consciência. Esse é nosso destino, sem tirar nem pôr.
Poderão aparecer formas novas de se dizerem essas coisas, mas em essência, elas são o que lhes passei.

O ser humano – Procedência e Destino - O Abismo – 3/6 ( Em 25/05/2009 )


Vimos que, entre a Consciência e a Mente existe uma relação de Criador e Criatura. A mente não alcança a Consciência; as duas atuam em campos opostos: a Mente presa ao movimento e a Consciência liberta em repouso. Entre elas, no entanto, forma-se um vão, um vácuo, um vazio; mas esse vão não é geográfico; é apenas o limite de alcance dos atributos da Mente e da Consciência.
Michelangelo pintou uma tela em que o Criador estende o braço, o dedo e o homem estende o braço, o dedo e os dois não se alcançam, não se tocam; fica um vão, um vazio.
Quando ouvimos que a Mente se separou da Consciência, quer se caracterizar essa diferença entre as duas. A mente tem consciência por herança, todavia não aplica qualquer nível de Consciência por que não consegue se desvencilhar da teia que o inconsciente traça
Essas coisas estão expressas no Gênesis 1,1; lá se afirma que “no princípio Deus criou o céu e a terra; a terra estava deserta e vazia, as sombras cobriam o abismo e o espírito de Deus pairava sobre as águas.”
Esse versículo se refere a como Deus fez o ser humano em que o “céu” é o cérebro, para habitação da Mente; a “terra” é o coração humano; no princípio Deus fez o coração humano  deserto e vazio; sem as manchas acumuladas pelo inconsciente.
As sombras que cobriam o abismo são nossa desinformação, nossa ignorância sobre esse abismo; “e o espírito de Deus pairava sobre as águas”; pairava, não tocava porque não alcançava nem alcança; nosso espírito não alcança as águas que são os atributos da Consciência.  
O abismo é o ponto onde estão acumulados os valores do inconsciente de que falamos antes;

O coração se rompe – 4/6 ( Em 25/05/2009 )

O coração rompe quando atua apenas sob o movimento; acontece que o âmbito do coração é o do repouso; se você quer atuar sob aceleração, o coração tende a se romper. Não entendeu?
O casal, que atua por interesse, está sob o movimento; não se sustenta por muito tempo; os corações se partem e partem cada um para seu canto. Eis aí. Não adianta: tudo o que está sob o movimento tende à mudança, deteriora; essa é a lei; o que está em movimento em nós é a mente; sem o coração, ela tende ao rompimento; o coração não se submete porque não reage ao movimento; no entanto se, por um ato consciente, a mente for levada ao coração, aí é o repouso de se nutrirem na conciliação dos polos; mas só o ser humano pode exercer essa simbiose . 
Onde está a consciência está a preservação. O coração se rompe quando mergulha nas águas turvas das intenções, dos interesses.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os colegas esquecem os favores – 5/6 ( Em 25/05/209 )

Faz parte de nossa natureza esquecer o pão comido; comeu esqueceu; tudo o que se refere a nosso reconhecimento como pessoa humana. O esquecimento de quem nos dá a mão é um fato triste mas é: não aprendemos a ser gratos porque, para manifestar gratidão, estamos aceitando que fomos incapazes de resolver certa situação, quando o outro nos ajudou, e nosso ego não tolera esses rebaixamentos. Triste de nós sujeitos a esses controles remotos instalados em nosso inconsciente.
Ser grato é vencer, insurgir-se contra esses padrões internos que nos querem, quanto pior, melhor. De maneira que, ser grato, é superar-se; reconhecer os valores de quem nos servimos, reconhecermos nossos limites e aceitarmos e termos em mente a gratidão.
Entre os colegas então a coisa é mais acintosa ainda; o colega pode até se afastar de quem lhe fez favor apenas para não ver alguém de quem dependeu em certo momento, quando o correto é estirar-lhe a mão em agradecimento de exaltar o protetor.
não raro, o socorrido se afasta de quem o ajudou e ainda inventa calúnias contra o ajudante.
Como acontece com as adolescentes? Elas contam suas confidências à amiguinha de absoluta confiança, o mundo gira, uma birra qualquer e a confidente passa a ouvir seus segredos transitando de boca em boca.
Sem adotarmos a gratidão, somos candidatos à traição.

Há uma esperança para a razão? – 6/6 ( Em 25/05/2009 )

Fora do homem, não. Memória, razão e inteligência estão do lado de fora da cerca; o gado está do outro lado; lá há leite em abundância.
Dentro do ser humano, a razão só tem esperança quando se anular. Primeiro ela estabelece raciocínios sobre a condição humana do tipo: se tudo precisa de equilíbrio, eu vivo em desequilíbrio, porque atuo sozinha; em uma segunda instância, todos os atributos da mente se calam, anulam-se para que ela possa alcançar o outro lado, passar pela porteira. Sem esse direcionamento, a razão tende a se manifestar cansada, esgotada.
Atualmente alcançamos o ponto culminante de desempenho da razão, com essa tecnologia de ponta e seus infinitos recursos de que os povos passaram a desfrutar. Esse elã parece está chegando ao fim por esgotamento. Cinquenta anos mais e tudo isso amainou; a própria razão depura o que lhe for útil.
Outro sintoma que indica, prenuncia o declínio da razão é o desequilíbrio que se manifesta sempre mais acentuado pelo número de homens e de mulheres, as mulheres em maioria.
Como sabemos, a mulher atua no mundo com os atributos de sabedoria, verdade, justiça amor e seus derivados. .
Aparece, no horizonte, uma mudança radical não que a mulher anule a razão; não se pode anular um atributo do divino; a mulher vai dar prioridade ao mundo da intuição, rumo à  sabedoria e conduzirá os homens para dentro deles mesmos e então a razão se integrará com outras forças para criarem a esperança de um mundo melhor.

Peço-lhes desculpas ( Em 17/05/2009 )

Aconteceu que um cobrador me agrediu o pulmão e tive de me refugiar num hospital. Lá fui acolhido por uma guarda de anjos brancos, gente do bem. Eles refutaram meu inimigo com armas pesadas e nisso fiquei, e ainda estou retido. Por esse tempo. O invasor bateu em retirada , mas sei que me espreita numa dessas curvas bruscas que o tempo dá.
Peço-lhes desculpas pelo atraso, mas esses cobradores são inescrupulosos; à falta de providência imediata, não se pejam de nos tirar a vida.

O amor fica mais frouxo - 1/6 ( Em 17/05/2009 )

             Nós costumamos confundir amor com afinidade, interesse. Os casais se afinam e atribuem isso ao amor; dizem estar vivendo uma atmosfera de amor; como é um “amor” sem consistência, dura enquanto durarem os interesses; afrouxa-se quando as presenças deixam de motivar o encontro. É a hora em que o “amor” vai se distendendo até perder-se no vazio de onde veio.
O amor não afrouxa, não cede, não tem intensidade, o amor é. Qualquer flexibilidade está entre o sujeito amoroso e o objeto de seu “amor”.
O amor é de outras extrações; dispensa o contato, mas jamais é algo que não se afrouxa; mesmo que haja desentendimento, ambos possuem a marca um do outro. O amor estará sempre na lembrança efetiva nas marcas que ficaram.

O ser humano – Procedência e Destino - Bloqueio do Espírito - 2/6 ( Em 17/05/2009 )

Vimos que o inconsciente forma um paredão de absoluta incomunicabilidade entre a Mente e a Consciência.
Da Consciência emana a alma; da Mente emana o espírito. O espírito está só, qual um menino de rua: ao desamparo.
Já sabemos que a Mente se separou da Consciência. Já sabemos que, da Mente emana o espírito; como a Mente se separou da Consciência, nosso espírito não tem ligação com a Consciência; nosso espírito é inconsciente.
Quando alcançamos o estágio mental, a Consciência faz emanar dela mesma a alma. Sabemos também a Consciência está em repouso em todo espaço vazio, desde o interior de um átomo até os intervalos entre galáxias; o espaço em volta de você é Consciência.
Existem, dentro de nós, espaços vazios onde está a Consciência, sobretudo nas aurículas e nos ventrículos do coração.
Conforme as intenções de que nos utilizamos, podemos dilatar ou contrair os espaços vazios no coração; se a intenção é má, o coração se enrijece; uma intenção é má quando é contrária à Consciência; se a intenção for boa, o coração se dilata; a Consciência precisa preencher o espaço dilatado no coração; a Consciência desperta. A alma é Consciência desperta; a Consciência se movimenta; a alma é Consciência que se movimenta.
Quando se diz que a alma está em repouso, isso é verdade; mas a alma se movimenta por esforço nosso; por esforço nosso, a alma vem ao encontro do espírito. 
A alma dispõe dos mesmos atributos da Consciência; a alma tem como função liberar a energia do repouso com que neutralizar a energia do movimento que se instala em nosso corpo, mas essa energia só é liberada quando a intenção é afim com os atributos de sabedoria, verdade, justiça e amor.
Do lado além do inconsciente, está a alma em repouso; do lado aquém do inconsciente está o espírito pressionado pela energia do movimento e suas infinitas implicações em nós. Como o espírito atua no movimento, o espírito é que tem de se deslocar na direção da alma. O espírito, como emanação da mente, também é separado da alma; ao espírito cabe encetar a trajetória na direção da alma.
Nós somos os articuladores da Mente; cabe a nós o esforço de movermos o espírito ao encontro com a alma.
Como a alma está em silêncio, nós só podemos alcançar a alma pelo silêncio. O inconsciente é barulhento e se agita dentro de nós; nós só podemos vencer os obstáculos do inconsciente pelo silêncio interior e pelo repouso do coração.
Sabemos que esses traumas do inconsciente ocupam todos os espaços vazios em nosso coração e alijam a alma; é preciso devolver à alma seu lugar de direito.
Quando vemos Cristo expulsando os vendedores do templo, aquilo é a representação do que devemos fazer com nossos traumas; eles tomam conta de nosso coração. Por isso o Cristo diz: “a casa de meu Pai é casa de oração e você fizeram dela um covil de ladrões”.
O Pai é a Consciência; a casa do Pai é o coração. Precisamos limpar nosso coração para que a alma possa atuar por nós; a alma nos cura de todos os males.
Próximo capítulo – O abismo

O espelho devolve o sorriso - 3/6 ( Em 17/05/2009 )

Nós não costumamos fazer uma reflexão sobre o que o espelho nos revela. O ato de o espelho refletir minha imagem coloca-me no outro lado de mim mesmo; eu me vejo frente a frente com minha realidade refletida. E como é minha realidade refletia? Será que é como a do Narciso da mitologia? Ou eu me atenho aos sulcos profundos que cavei em meu rosto? Naquelas valas, quantos de mim estão encerrados esperando despertar para me acusar ou me defender!
O espelho não me diz, apenas revela em silêncio não acusa, mas mostra. Grande mestre é o espelho! Apenas aponta; corrigir é comigo. Assim é em tudo: eu sempre procurei alguém que me apontasse. Certa vez encontrei um:
- vá fazer uma faculdade depois venha discutir.
Fui. Fiz. Quando voltei para discutir, o assunto já tinha perdido a atualidade; verifiquei que discutíamos sobre coisas passageiras, que o vento leva.
O defeito realmente está em mim porque se eu quiser me olhar no escuro, não me vejo; não que o espelho se negue; ele está lá; eu é que sou carente de luz, sem consciência  de que outra luz pode ser feita em mim mesmo, capaz de superar o escuro. Quando ela se estabelecer, eu não preciso mais do espelho; passo a me ver pela lente de minha alma; ali todas as rugas desistiram de ser; o espelho fez sua tarefa
Nossa imagem interior cria direcionamento a nossos atos; lá dentro também existe espelho e existe luz; quando alcançarmos mirar-nos naquele espelho, nossa imagem será vista sem rugas; a perfeição que alcançamos retoca tudo para o encontro com nosso eu superior. Nosso sorriso será refletido no espelho da alma.

Convite - 4/6 ( Em 17/05/2009 )

Então minha Amada,
O que você faz aí vestida de silêncio?
Saia! Já é hora.
Venha ouvir os trinados de seus passarinhos.
Já não existe Isabel.
Existimos nós carentes de sua visita.
Já não precisa subir as montanhas.
Basta que nos dê a mão
E nossos dias serão
De iluminação.

Colher os frutos – 5/6 ( Em 17/05/2009 )

             Para colher, é preciso ter plantado e o terreno de plantar é de dupla superfície: na terra e no coração; quem planta na terra colhe espécie; quem planta no coração, colhe a paz, sabedoria; considerando que, quem está em paz está alimentado, é preferível plantar no coração porque outros frutos vêm por acréscimo.
Há os que preferem plantar na terra e vêm os passarinhos alimentar-se do broto, e vem a seca e vem o vento e os bichos da terra tantos obstáculos a que ficam sujeitos.
É preferível reservar algumas sementes para o coração; ali a colheita é segura.
Há ainda os que plantam no coração e, se não estiverem atentos ao tipo de semente, elas poderão ser cercadas por ervas daninhas que se impregnaram na semente e venham a sufocá-las e os frutos que esperávamos colher não vingaram.
Aquela senhora joga sementes à beira da estrada na ida e na volta. Certo dia um passageiro perguntou por que fazia aquilo:
-é preciso dar vida à estrada.
Vieram as chuvas e as sementes brotaram e floriram as margens da estrada.
            Antes de jogar sementes na estrada, aquela mulher já as tinha jogado no coração; é que só pelo coração se partilha.
O moço ao passar por ali diariamente, via naquelas flores o coração da mulher. Ela plantara nele também a semente de alegrar a vida e ambos colheram o fruto de sua sintonia.

Os empregos vão e vêm - 6/6 ( Em 17/05/2009 )

É. Mas nós estamos vivendo uma fase em que os empregos só vão.
O mundo ameaçado de falência e os empregos falindo em massa.
Nas artes, a palavra emprego pode se aplica aos componentes com que se elaborou a obra de arte: o jogo de tintas o claro-escuro e tantos outros.
Atualmente é só o escuro nas artes; não existe contraste; e o emprego perdeu o emprego; pobre e inexpressivo, reflete um tempo de exibições de nossas fragilidades. Então, para suprir o que a obra de arte não exprime, dá-se emprego à palavra: que explique aquilo; e as palavras escorregam nutridas de pouco conteúdo; é o emprego indo.
Na oratória...bem. Na oratória nada se diga porque o emprego foi e não voltou ainda. Resta a Ciência; é a única em que o emprego vai e vem: os pesquisadores mostram o emprego de outras fontes, através das quais chegaram a novas descobertas.
A Ciência é uma ocupação humana que atua por servir o ser humano. Por isso , na Ciência o emprego vai e vem
Para que sintamos o emprego indo e vindo é só nos ocuparmos de nós mesmos; cada vez que empregamos a mente para uma incursão em nós mesmos, quando ela volta, já não é a mesma; pisou em terreno sagrado e o emprego voltou aprimorado; outras luzes incidem sobre ele.

Omissão de socorro! – 1/6 ( Em 05/05/2009 )

Cadê?
Cadê o povo?
Aquele que acudiu na dura sina
O sofrimento em Santa Catarina?
A nuvem endereçou-se a novo rumo.
Já deixa irmãos no desamparo sumo.
Afoga o Maranhão e regiões.
Por que já não se movem os corações,
Que já não pegam armas de socorro?

            Não há pesar, se não desliza o morro!

            Água em aluvião. De onde vem? Que fonte?

Que já sufoca a linha do horizonte?
O nado com a jibóia lado a lado.
Irmãos na mesma dor, no mesmo fado.
Cadê o povo,
Que nada faz de novo?
É que pra baixo todo santo ajuda
E lá pra cima toda voz é muda...

Eu, analisando você! – 2/6 ( Em 05/05/2009 )

E você diz que eu escrevo para analisá-la! Ledo engano. Eu não analiso ninguém querida. Escrevo com o objetivo de motivar as pessoas que entrem em si mesmas; que meus textos as façam identificar em si a realidade pessoal. Você se identifica e deduz que faço referências ao estado de sua psique, que faço críticas a você!
Nisso eu me percebo alcançando meus objetivos: levar você a se identificar; porém ver nisso intenção de criticá-la, é fora de propósito.
Há, no interior humano, uma espécie de denominador comum; minha linguagem busca situar-se nesse ponto comum; todos podem sentir a mesma impressão que você sente. Valer-me disso para criticar alguém é seguir em direção oposta a meus objetivos. 
Se uma pessoa me pede ajuda, uma opinião, quando quer uma orientação; aí ela está autorizando que lhe diga algo, em função das informações de que disponho ou de outras que lhe peça para formar-lhe um perfil. Isso é possível. Fora disso, é ilusão.
Em virtude de me fixar nesses pontos, pode ser que você se sinta analisada; mas isso é de você para você; ninguém sabe; eu não conheço você; apenas mostro, induzo você a que se veja por um olhar para dentro e tome as providências que quiser; se quiser, conte comigo; se não quiser, seremos amigos do mesmo modo.
            Não pergunto sequer se você está cumprindo o que os textos lhe indicam; apenas aponto; pratico com isso o amor que nada pede; verifique se você está aberta para esse tipo de amor. Caso não o esteja, eu continuarei amando-a do mesmo jeito. 
Se está acontecendo de você se identificar com minha linguagem, não me culpe: eu atuo em função do coletivo e espero exatamente reações iguais a sua; ela me atesta que estou no caminho certo.
Quanto a você, isso se chama despertar; que você desperte para a própria realidade. 

Exemplificando com um texto da Ilza – 3/6 ( Em 05/05/2009 )

             A respeito do que escrevi sobre a Mãe, a Ilza, em quem encontro sempre apoio crítico indiscutível, escreveu o comentário que transcrevo abaixo. Valendo-me apenas da Fonética,  aponto alguns traços na linguagem dela que fornecem material para uma crítica.
            Convém lembrar que esses traços fonéticos, essas linhas melódicas vêm do inconsciente e, a partir do que ela afirma, seria possível fazer uma análise da intenção, da personalidade de minha querida Ilza.

“Lindo, lindo! Antes de ser mãe, se me pedissem que fizesse uma pintura sobre o tema eu desenharia uma mulher em uma estrada, caminhando lado a lado com seus filhos. Agora que sou mãe, percebo que desenharia uma mulher caminhando pela mesma estrada, parte do caminho seguiria à frente ensinando-os a desviar dos obstáculos, mas a maior parte seguiria atrás, vendo os filhos correrem cada vez mais distante até os perder de vista seguindo seus próprios caminhos e se houvesse espaço em minha tela, bem distante, atrás de mim estaria minha mãe, da mesma forma tentando me guiar e me acompanhar. Até bem pouco tempo meus filhos estavam ao alcance de meus braços, hoje, estão ao alcance de minhas orações. Beijos.”
Percebemos inicialmente que a Ilza foi provocada e reagiu por esses dois: “Lindo, lindo!”, então irrompeu, de dentro dela, uma reminiscência a que ela se entregou, sob ao impulso de escrever um texto tão rico em imagens. Ela conseguiu transferir para as palavras a tela que tinha em mente; uma verdadeira pintura.
Ao longo de todo o texto, predominam três sons: as vogais: ia e a nasalação.
A vogal i aguda, sugerindo altura, finura; distância, agudez de sensibilidade da autora.
A vogal a medial, no meio como fio de prumo, fio de sustentação, equilíbrio na distribuição das imagens na tela. 
Perceba o triângulo: na base, a vogal i em um extremo; do lado oposto ao i, uma mulher andando; a nasalação sugere que  ela como que desliza no pensamento da autora. A vogal a no meio, medial, com sonoridade abafada; luz fraca, filtrada, derrama-se dentro do triângulo.
Só esse material daria uma bela análise das intenções da Ilza, seu estado de alma, com que elaborou o texto.
Há ainda que considerar o último período, em que predominam as oclusivas: t, b, p, c com som de q. Elas sugerem conflito que a mãe sente ao perceber que os filhos lhe escapam pelas vias do destino.
A autora pensou nessas coisas? Não; elas vêm do inconsciente. Daí a propriedade da análise.
Essas considerações se ativeram apenas a apontar aspectos fonéticos, com mínima aplicação. Nada mencionei sobre a fluência da linguagem, a adequação das palavras nem vimos os aspectos semânticos. Aí seria criticar a autora positiva ou negativamente. Aí seria invadir a privacidade de quem eu só tenho que muito agradecer.


O ser humano – Procedência e Destino – 4/6 ( Em 05/05/2009 )

          Vimos que quatro espécies de fontes nutrem nosso inconsciente:
1 - fomos gerados sem a participação da Consciência; somos inconscientes.
2 - nossos traumas psicossomáticos.
3 - a sonegação do saber.
4 - a lei de causa e efeito.
Dessas fontes, analisamos a forma como fomos gerados. A essa primeira fonte as religiões dão o nome de pecado original. Um pecado cometido na origem de nosso ser.

Vejamos agora as três outras fontes: 

            Nossos traumas psicossomáticos são contraídos até os seis anos; não é um tempo matemático; é o tempo de maior incidência. Conheci uma pessoa com tinha dupla personalidade por trauma assimilado dos nove aos treze anos. 
            A criança toma susto forte; no momento do susto, abre sua guarda interna e expõe sua psique; comete uma abertura de sua interioridade e, pela abertura, entra a energia do movimento. O susto pode ser causado por: tombo, violência, doença grave, injustiças, briga entre os pais e coisas desse teor que deixam a criança com medo, assustada.
            Quando a energia do movimento entra no corpo humano, por ser de movimento, ela precisa sair; não consegue; então cria os seguintes sintomas na área em que ficar retida.
- agita o metabolismo local; separa as fibras; isoladas, as fibras não se alimentam, deperecem
  e morrem dentro do organismo. Surgem as doenças: na próstata, no ovário, no útero, no
  pâncreas, nos rins, no estômago, no coração, na tireoide, no cerebelo. Lugares mais
  comuns, não os únicos.
- atacam o sistema nervoso de que resultam essas vozes que nos atormentam, mesmo
  enquanto dormimos; como entraram em nós em circunstâncias diferentes e em tempos
  diferentes, formam imagens diferentes e falam a linguagem de sua origem, cada um a sua.
- daí a confusão com que nos assediam a todo instante.

            Pela sonegação do saber
A sonegação do saber pode acontecer de duas maneiras: eu guardo um segredo de como fazer o vinho, por exemplo; não o passo a ninguém; é meu. Aqui tudo bem porque, a cada momento em que eu faço meu vinho, eu estou aplicando aquilo que sei; estou me esvaziando dele; esse é um saber de aplicação exterior.
Há um outro saber que eu trouxe para dentro de mim por muitas pesquisas, leituras, discussões e o mais. Conservo comigo o que poderia ser útil para o esclarecimento de outros, no sentido de direcionarem seu espírito; eu sonego esse saber. Bloqueio o esclarecimento a outros, que passassem para outros.
Eu sou um professor; tenho meu grupo de alunos; eles me consideram muito porque eu sou depositário de um saber que eles desconhecem. Os problemas vêm e eu os resolvo com suprema facilidade porque tenho um outra visão que meus alunos não têm. Como esse saber causa atraso no desenvolvimento da consciência de meus alunos, eu serei responsável pelo atraso que provoquei neles.
É comum termos notícias de homens cultos, mas irascíveis, temperamentais ao extremo; eles não sabem relacionar suas alterações de comportamento com o saber que têm retido. Outros chegam ao final da jornada e mandam: - “rasgue tudo o que eu fiz; isso não tem valor algum” ou algo parecido.
            Cristo nos adverte sobre isso: “Ai de vós, Doutores da lei! Que tomastes a chave da ciência, e vós mesmos não entrastes, e impedistes aos que vinham para entrar” Lc 11,52
Significa que o sonegador sofrerá aqui com esse saber como se fosse um trauma, vai para um outro plano e terá de voltar para corrigir o que conscientemente fez de errado. 
Mateus confirma esse assunto assim: “os pecados cometidos contra o Espírito Santo não serão perdoados neste mundo nem no vindouro” 12,32
Esses “pecados contra o Espírito Santo” se verificam quando desviamos a mente inocente; quando, tendo condições de orientar, impedimos que a mente de alguém se desenvolva na direção da luz. 
Resta-nos a lei de causa e efeito: toda ação que eu pratico volta para mim; eu sou a fonte emissora de uma energia que me pertence; para o mal ou para o bem ela volta à fonte de onde saiu. Se minha ação foi para o mal, a energia despendida pode demorar um pouco, mas vem se misturar ao caldeirão fervente de meus traumas, atuando em meu inconsciente.
Precisamos pensar se os problemas com os filhos, com a esposa ou outros paralelos se não são retornos dessas energias que fazem deles instrumentos para nos cobrar reparação.
Próximo artigo – bloqueio do espírito