Vejamos parte do texto:
“A mente confusa, há de exprimir-se sempre em confusão. Toda decisão que tomar estará ainda na área da confusão. Sendo esse estado de confusão, a realidade, o fato real, creio não devemos meramente reconhecê-lo intelectual ou verbalmente, mas, sim, experimentar realmente o estado de confusão, e daí prosseguirmos, observando o inteiro "processo" pelo qual a mente que está em confusão busca socorro".
Assuntos de que se compõe o texto:
- à mente confusa, tudo é confusão;
- reconhecer verbal e intelectualmente o fato;
- observar o processo por inteiro.
É preciso “reconhecer” seu estado de confusão; para reconhecer seu estado de confusão, será bom que se façam algumas perguntas: por que eu sou confuso? De onde me vem essa confusão? Em que situação eu fui confuso? Eu me fiz entender na minha confusão? Eu prejudiquei alguém? Eu tropecei nas palavras? Repetir essas perguntas todas as vezes que um sintoma da confusão aparecer.
Vai respondendo cada uma dessas perguntas, por escrito, com o máximo de pormenor.
Os traumas dentro da gente não saem com a precisão de nossa vontade; o processo é lento e deve ser repetido com freqüência.
Esta é uma forma de fazer a catarse: tirar de si o trauma causador da confusão.
Imaginemos um exemplo: eu não consigo me manter calmo diante de pessoa cujo cargo esteja acima do meu; eu me atrapalho todo até pra atender um telefonema dela.
Nesta hipótese; eu tenho de observar onde aquilo se manifesta em meu corpo; no estômago? Na garganta? Sinto vontade de fazer xixi?
Localizado o ponto, eu devo passar a fazer concentração sobre aquele ponto; a mente voltada para ali até quando estiver deitado pra dormir; enquanto eu fizer isso, estou levando energia positiva para dentro de meu corpo.
Com essas auscultações eu, sem perceber, vou liberando inclusive outros tipos de traumas e afins.
Assim observamos e acompanhamos o processo por inteiro, conforme Krishnamurti