terça-feira, 27 de abril de 2010

Cônica - 2/3 (Em 01/11/2007)

Pois é; a danada da garcinha espera o sol do meio dia, abre as asas sobre a água; o peixe vem aproveitar da sombra e ela se aproveita do peixe. Estranha natureza que estimula a sacanagem até entre as aves! Quem já viu coisa mais suja! Quer mais? Essas cenas acontecem onde existe lago... O bichinho ganha lugar, abre o chapeuzinho e se alimenta do suco da água no escurinho. Qualquer semelhança é mera coincidência... De quando em quando aparece um flamingo pra interromper a esperteza. Ah! Você já meteu na cabeça que eu estou fazendo alusões! Nada disso; estou me referindo apenas a esses pássaros despudorados que a natureza põe em certos postos no exercício da vigarice.

Ao meio dia é o momento do vazio entre dois tempos; o pássaro usa esse expediente ao meio dia porque sabe que o peixe está na inocência do momento. O peixe está como hipnotizado pela luz do sol, no vazio do momento. Nessa hora a malícia se levanta até dos pássaros para se aproveitar dos incautos. Depois você vem dizer que é a lei do mais forte. Não, que os dois não medem força; a lei ali é de pura emboscada. Cachorrada até não caber mais lugar para tantos cachorros...

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