quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Memória - 1/3 (Em 24/01/2008)

Um místico apresenta uma doutrina com o objetivo de que ela alcance o coração de cada um.
Para se lidar com uma doutrina, é preciso que a memória seja utilizada junto com a inteligência; as duas: a memória vai buscar o fato histórico; a inteligência relaciona esse fato com nossa vida interior e faz a doutrina chegar ao coração do homem.
O que se tem visto e se ouve é o uso maciço da memória pura e simples; do uso maciço da memória, surge a insegurança; a idéia de que somos impotentes; só alcançamos as coisas pedindo; a memória nos leva a ficarmos esperando a salvação que virá de fora.
Pela memória, sem a inteligência, não raciocinamos; não relacionamos; a memória é autoritária; pela vivência apenas com a memória, nós nos tornamos:
                                        
                                       Donos da verdade
                                       Egoístas
                                       Insensíveis
                                       Medrosos
                                       Submissos.
                                       Mentalmente preguiçosos
                                       Somos induzidos à passividade
                                       Fazemos afirmações inconseqüentes.

Tudo isso porque a memória não entra em nós; não se relaciona com nossa interioridade.
Esse uso indiscriminado da memória passou para as Universidades, para os oradores para os conferencistas.
Alega-se que isso não é função da escola; mas é função do professor na sua condição de ser humano, ajudar seus semelhantes.
Observe o conferencista: sabe tudo, tudo, tudo, mas tudo de memória: seu saber não tem relação com a interioridade humana.
A memória fica do lado de fora, presa ao fato histórico.
Ora senhores, se Cristo veio nos trazer uma mensagem e nós ficamos com ela do lado de fora de nós mesmos, que proveito está trazendo essa mensagem?
Quando o assunto envolve a interioridade humana, a memória não pode prescindir da inteligência. Como está sendo utilizada, a memória nos leva a olhar para trás, para o fato histórico. Saímos de nós mesmos e nada trazemos de útil, porque o fato histórico não edifica a interioridade de nosso coração.
Cristo nos orienta para o caminho da própria interioridade.
A memória nos leva a olhar para fora, para trás, para o fato histórico, distanciado de nós.
A memória retém a mente de entrarmos em nós mesmos.
A memória é contrária à orientação de Cristo
A memória é o anti-cristo.
O que Cristo veio trazer-nos foi um meio de avançarmos na utilização dos 7 atributos de que dispomos. Nós ficamos emperrados no primeiro, contrariando a intenção de Cristo.

Parábola dos talentos - 2/3 (Em 24/01/2008)

No texto anterior, falei sobre a memória como negativa quando exclusiva em assuntos que envolvam a condição humana. Vejamos agora um exemplo apontado pelo próprio Cristo.
Entre as muitas parábolas que o Cristo nos contou, aquela dos talentos é importante para os dias de hoje. Mt 25,14-30
O sujeito foi viajar e deixou seus bens com três de seus servos: a um confiou 5 talentos, a outro confiou 2 talentos e a um terceiro confiou 1 talento; muito tempo depois voltou e pediu contas a cada um.
Os dois primeiros duplicaram os bens; o amo deixou com eles os bens duplicados e os elogiou como servos bons e fiéis.
O terceiro devolveu o que recebera; fez um buraco no chão e guardou ali o bem recebido; alegou que conhecia o amo como homem cruel: ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste Mt 25,20. O amo considerou este servo preguiçoso e infiel e mandou que lhe tirassem os bens; ele teve oportunidade e não se esforçou para aplicar bem o que recebera
Até aqui a parábola.
Todos receberam a mesma espécie: talentos; todos receberam a mente igual para todos; um pode ter mais aptidão do que o outro, mas todos receberam a mesma espécie.
Os dois primeiros duplicaram os bens, isto é atuaram com a mente + a consciência.
O terceiro agiu pela lembrança que tinha do amo.
- ficou com a mente; a mente tem três atributos: memória, razão e inteligência.
- ficou apenas com a memória; a memória é 1/3 dos atributos da mente.
- pela lembrança que tinha do amo, anulou-se a si mesmo.
- agiu pela memória, regrediu; foi tido como:
- preguiçoso – cavou um buraco não chão
- dono da verdade – o patrão era como ele imaginava
- inconseqüente – colhe onde não plantou
- sem previsão ficou preso ao passado
- preso ao passado agiu pela memória.
E tanta coisa mais que se pode imaginar em quem vive preso à memória: anula-se a si mesmo. O senhor queria que ele aplicasse também a Consciência não importa a extensão do talento que tinha.
Essas coisas todas se aplicam àqueles que estão presos ao passado, por uma visão horizontal da realidade; não verticalizam sua visão. Esses infelizmente serão tidos como servos infiéis porque não providenciaram desenvolver suas potencialidades.
Fiquemos com aquele que nos põe a duplicar nossos talentos

Buraco negro - 3/3 (Em 24/01/2008)

Um buraco negro, com os olhos maiores do que a barriga, puxou pra si uma Galáxia inteira, depois começou a soltar gases que iam alcançar outra galáxia, tal era a força da pressão. Os gases não se dissipavam na trajetória, eram um cano azul e compacto e dizem os cientistas que percorriam mil anos luz. E me pergunto, não seriam essas coisas avisos ao homem?
- olhe quanto espaço você tem por habitar; não se apegue à terra que outros planos existem
sempre mais rarefeitos e, para permanecer neles, você precisa se preparar!
Sei lá! E se nós tivermos de ir mudando de planeta em planeta, até chegarmos aos astros? Como se explica que todos eles são vazios, áridos?
E se forem habitação de espíritos que não precisam mais se alimentar de espécie?
- você é um sonhador; você está louco; está delirando. Deixe-me ver o grau de febre.
- aceito; mas me explique por que tanta ociosidade no espaço? Não seriam esses corpos
celestes habitação e escala progressiva de espíritos em desenvolvimento?
- É. Não pode ser delírio porque você está construindo período coerente.
- Você não crê na relatividade das coisas e tudo tem de ser nos critérios de sua ótica!
- Agora você está indo longe demais!
- Se existe inteligência, tudo é relativo porque tudo se relaciona pela inteligência e aquele
imenso fio de gás demonstra que até as galáxias se comunicam entre si.
- você acaba me convencendo de que o doente sou eu por não me interessar por essas
coisas.
- essas coisas é que dão sentido a nossa vida, quando sabemos refletir sobre elas; se elas
acontecem no macrocosmo, têm de acontecer no microcosmo; nós somos o microcosmo;
também dentro de nós elas se verificam
- então nós precisamos entrar no buraco negro para...
- a morte é um buraco negro; sem sermos triturados não alcançamos outro ar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Resposta (Em 17/01/2008)

Ainda a respeito do que tenho escrito sobre a mulher, saiu ontem, uma resposta à jovem inteligente Luciene Pereira, do Rio de Janeiro. Por ser extensa, achei melhor publicá-la em separado. Vale a pena você ler, pelo menos para verificar por onde andou a inteligência dessa moça.

Natureza em Apuros 1/4 (Em 17/01/2008)

Você está preocupado com o desmatamento, o degelo, vai faltar água, cidades invadidas? Isso é conseqüência do acúmulo de energias negativas decorrentes de práticas atrozes que os homens cometeram ao longo de milênios.
Há um monstro que começa a desabar-se sobre nós e nós não estamos percebendo. O nome deste monstro é Inconsciente Coletivo.
Mas que tem a ver o Inconsciente Coletivo com acontecimentos que nos ameaçam?
Basta observar as características da violência, sem rosto, como desce do morro para as ruas de qualquer cidade? Vamos tentar entender isso.

1 – A Física é uma Ciência Exata. Dela é a chamada lei de causa e efeito; pela lei de causa e
efeito, “a cada ação corresponde uma reação da mesma natureza e em sentido contrário”.

2 – nós sabemos que, ao longo da história, os mais fortes cometeram toda espécie de violência sobre os mais fracos.

3 – os mais fracos não podiam revidar na mesma intensidade da agressão recebida.

4 – sobravam energias de violência, que se acumularam ao longo dos séculos.

5 – essas energias de violência estão despencando sob forma de assaltos e seqüestros, grupos suicidas e outras coisas que você pode verificar em sua cidade.

6 – nós temos de neutralizar essas forças em nós mesmos, cada um em si.

7 – descer com a mente ao coração será a única forma de nos prevenir.

8 – pela entrada em nós mesmos, nós neutralizamos o movimento de que essas energias estão carregadas; permanecemos em paz colocamo-nos no âmbito do repouso; o movimento não alcança o repouso; se entrar no repouso, será neutralizado.

As agressões contra a natureza são o reflexo pálido daquilo que a mente humana executou contra os mais fracos.
A mente que está em mim está cheia de visgos a que se agregaram miasmas da violência que eu cometi. Podemos chegar a uma triste conclusão: os violentos que estão aí servem de instrumentos para que a humanidade purgue a violência que cometeu.
Entrar em si mesmo, não significa abandonar o mundo. Basta que nos concentremos no coração; isso pode ser feito no ônibus, enquanto aguardamos na fila, na hora do almoço, sentado no sanitário. Façamos um mapa do coração; sigamos cada veia, cada fibra, ventrículo aurícula e iremos tirando a mente do movimento.
Tenhamos um texto de nossa preferência, decoremo-lo, recitemo-lo durante as provocações que o inconsciente coletivo cria para atormentar nossa mente. Saiamos a tempo dessas tsunamis que assolam nossa mente.Não nos preocupemos com o que os outros estão fazendo ou deixando de fazer; é cada um pra si e não há outra forma; isso não é egoísmo: primeiro você faz cursos, depois ensina os outros; egoísmo é sabemos e deixamos de ensinar os outros; o outro atrasou o desenvolvimento dele porque eu não lhe dei oportunidade. O fundamento é preservar nossa mente, não pela mente em si; mas por nós que a direcionemos para dentro de nós; isso é pensar bem; isso é ajudar o planeta.

Uma questão Semântica (Em 17/01/2008)

O emprego do pronome eu ocorre em três situações:

a - para manifestar vaidade: eu sou isso, aquilo, eu sou o melhor, (faz de conta quê).
b - quando se quer assumir uma responsabilidade: eu fiz isso; eu comandei a bagunça.
c – se o assunto é relacionado com a interioridade humana, o pronome eu é coletivo: todos são envolvidos. O eu passa a ser um eufemismo, uma forma branda de eu me acusar e não apontar os outros, embora todos estejam inseridos na situação de que se trata.
Complicada essa Semântica, não é?

Não se Comparar 2/4 (Em 17/01/2008)

Eis o grande mandamento. Eu saio inferiorizado de qualquer tipo de comparação: eu sou melhor ou eu sou pior; a mente sai de mim, na direção do comparado.
- a mente sai de mim, na direção do outro; vai medir suas fraquezas e eu fico como um soldado que abandonou a trincheira; os inimigos saqueiam meu território.
- eu sou infeliz porque o outro tem o que eu não tenho; o outro é o que eu não o sou; a mente
fora de mim, fixada no outro.
- eu sou melhor do que o outro; ele não tem o que eu tenho; encho-me de orgulho com a mente
voltada para a fraqueza do outro.
Em todas essas hipóteses, a mente está fora de mim; está no outro; longe de me meu território; estou sem defesa.
As comparações são sempre feitas com algo do lado de fora de mim mesmo. Quando a mente volta, traz apenas orgulho ou humilhação; isso não fortifica a mente.
Nós somos entidades independentes; espaçonaves que deveríamos estar vinculadas apenas à base; no entanto, em nossa trajetória, perdemos a comunicação com o centro de controle e adotamos qualquer sinal como referência; mas esses sinais não dispõem de nossos códigos e ficamos à deriva.
A comparação cria a revolta, a descrença, em nós mesmos ou uma falsa idéia de nossa realidade.
Saiamos da comparação
Comparação rima com frustração.
Tô fora!

Racionalismo 3/4 (Em 17/01/2008)

Não aprendi a crer.
Sou filho de um racionalismo doentio.
Pela ótica do racionalismo eu enxergo; não vejo.
Onde está a saída dessa gaiola?
Sou capaz de encontrar o quadrado da hipotenusa
E não sei onde está meu coração!
Disseram-me que o coração é o portal para a alma
Quem viu? Eu preciso ver pra crer.
Se não enxergo o coração, como pode existir coração?
Se você teima que o coração existe,
Alguma coisa está errada em mim.
Você percebe?
Você pode me ajudar?
Meus pais firmavam negócios pelo fio do bigode.
Hoje o bigode serve para desfigurar as palavras.
Os papéis são trapos
Eu também.
Não tenho crença em mim mesmo.
Passei a depender dos outros.
Nos solavancos desta máquina,
Eu preciso pensar sobre isso.
Sem fé em mim mesmo, eu sou o outro.
E o outro me conduz para onde ele quer.

Preciso mudar o ângulo de visão

É começa agora:
Creio em mim.
Sou inteligente.
Tenho coragem.
Sei tomar iniciativa.
Sou desinibido
Sei me concentrar.
Diz-se que Deus dá o alimento, mas não o leva até sua boca.
É isso mesmo; se a comida faz falta ao organismo, a auto ajuda faz falta a qualquer mudança que você queira estabelecer em você mesmo. Ajude-se.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pergunta 4/4 ( Em 17/01/2008)

Olha só o que o Antônio José Cotienschi, de Cascavel, está me perguntando:

“Como você se coloca ali (à beira do abismo e pode avaliar)”?
Ele percebe que eu chego à beira de um abismo e que dali posso fazer uma avaliação das coisas que venho afirmando nestes textos.Vamos dividir a pergunta em partes; ele quer saber:

a – como eu chego à beira do abismo

Eu faço exatamente o que digo a todos: dirijo a mente para o coração ou para um outroórgão dentro de mim mesmo; a energia não pode sair de mim; nenhum pensamento para fora; não procuro resposta; procuro me fixar no silêncio de dentro; completamente vazio de qualquer perspectiva.

b – como, eu me coloco no vazio.

Entender que o vazio não é um lugar; colocar-se no vazio é tirar de si mesmo qualquer pensamento; qualquer sentimento e assim permanecer o mais que puder.

c – como, no vazio eu avalio as coisas

Dentro de nós não existe critério de avaliação; a avaliação é feita aqui do lado de fora. Quando eu vou dormir, cuido de tirar qualquer pensamento, qualquer desejo; normalmente acordo às 2 da madrugada; quando acordo, vou escrever; acabei de sair de dentro de mim mesmo; se os assuntos forem relacionados com o vazio em que dormi, as idéias vêm.

Pergunta - sobre a Condição da Mulher ( Em 16/01/2008 )

Esta criaturinha linda, a Luciene Pereira, do Rio de Janeiro, mandou-me um comentário ao que afirmei sobre a mulher em 10/01/08.
Reproduzo o texto para que o leitor possa ter a noção de por onde andou essa moça na auscultação de si mesma.
“Nossa mãe é complexo demais pra mim. Vejo na mulher muito mais emoção e o homem razão. Por exemplo, se eu estiver perdida nunca peço informação a uma mulher. Ela me dará os detalhes da casinha amarela antes da placa quebrada que fica na rua da casa de cortinas rendadas ... vai por ai. Já o homem me manda entrar na primeira a direita, seguir em frente e dobrar a esquerda. Pode parecer piada, mas é serio. Como podemos colocar estes sete atributos a nosso favor??? Em determinadas situações a mulher diante do homem se torna logorréica e histérica. Por que agimos assim? Tão emocionais e as vezes infantis ? Perdão professor, mas o senhor colocou as mulheres numa posição de meninas super poderosas. O que mais temos que não sabemos ? Como usar isso a nosso favor ? Por que os homens são tão secos ? Ou será você um grande admirador de nós mulheres? Ou será que não entendi nada??? Chiiiii. Desfaça este nó, por favor”.

Respondo:

O nosso mal é a falta de consciência sobre nós mesmos; sem a consciência de seus valores, a mulher fica perdida; são muitas forças atuando sobre ela e forçando a saída; ela nem sabe que esse potencial existe nela e de que pode dispor; quando se mostra a uma mulher o que ela deve fazer, ela tem um rumo; é objetiva, funcional, faz bem feito; quanta mulher fica viúva com cinco seis filhos e leva alguns à faculdade? Por que as mulheres alimentam sonho de casar? Porque, com o casamento, elas alcançam um rumo do que devem fazer. Se ela tem um rumo, um objetivo, sai de perto!

Destaquemos algumas das questões que a Luciene levanta:

1 - Em determinadas situações a mulher diante do homem se torna logorréica e estérica. Por que agimos assim?

2 - Tão emocionais e as vezes infantis ?

3 - Perdão professor, mas o senhor colocou as mulheres numa posição de meninas super poderosas.

4 - O que mais temos que não sabemos ?

5- Como usar isso a nosso favor ?

6- Por que os homens são tão secos ?

7- Ou será você um grande admirador de nós mulheres?

8- Ou será que não entendi nada??? Chiiiii. Desfaça este nó, por favor.

Tentativa de resposta

1 – Porque os atributos dela falam-lhe dentro; querem exprimir-se; ela busca a palavra e, na confusão da cabeça, não encontra o que procura; desespera-se. O alvoroço desses atributos é que deixa a mulher falante e pouco objetiva.

2 - “Por que as mulheres são emocionais e às vezes infantis”?

Assim como os traumas psicossomáticos falam na mente dos homens, os atributos falam na mente da mulher. Elas são emocionais porque ela procura e não encontram a palavra que exprima seus anseios; é uma luta dela consigo mesma.
- São infantis porque são direcionadas pela intuição e a intuição lhes manda que aprendam a perder, a serem contraditórias, para conquistar. Não esqueça daquela norma: o cliente sempre tem razão.

Cristo pedindo um copo d’água à samaritana; por que ele não foi buscar? Ele queria chamar a atenção dela para a realidade dela. Ela ficou tão impressionada que foi chamar o povo da aldeia.

3 - “Perdão professor, você colocou as mulheres numa posição de meninas super poderosas”.
Eu não! Vocês é que são assim. Se a mulher veio depois do homem, está entre Deus e o homem; Quem recebeu a incumbência de esmagar a cabeça da serpente? Gn 3,15

4 - “O que mais temos que não sabemos”? Têm uma posição privilegiada de serem intermediárias entre Deus e o homem.

5 - “Como usar isso a nosso favor”? Pelo silêncio interior; quanto mais silêncio, mais canalização das energias positivas. Livrar-se das vozes que gritam no peito.

6 - “Por que os homens são secos”? Os homens não têm vozes de solicitação dentro deles; só têm vozes de instigação.São racionais e a racionalidade é objetiva.

7 - “Ou será que você é um grande admirador de nós mulheres”? O que você acha? O que eu posso pensar de uma mulher que me faz perguntas desse teor? Não só admiração senão respeito.

8 – Aqui eu chamo a atenção do leitor para a forma como as mulheres nos envolvem: perceba a ingenuidade da pergunta: “Ou será que não entendi nada”? : ela não está querendo elogios; ela, calculadamente lança uma dúvida para que eu a corrija e, na correção, eu entre em mim por esforço de encontrar respostas convincentes. Elas são muito vivas...

Perguntas assim só enriquecem meu trabalho; por isso preciso contar com você
























Atenção ( Em 10/01/2008 )

1 - tela de seu servidor;
2 - na faixa de endereços, digite: manoel.nery.blog.uol.com.br - "enter";
3 – leitura grátis - dois anos de trabalho - mais de 150 textos.
4 – sem vínculo com qualquer instituição.
5 – proteger a natureza sem proteger a mente humana! Como se faz isso?
6 - Integre-se numa corrente de boa leitura; você pode sugerir, opinar, desde que os assuntos se relacionem com a interioridade humana.
7 – depois de examinar, passe uma cópia para seus amigos.

Por que o homem não entende a mulher - 1/3 ( Em 10/01/2008 )

Ninguém vai desenvolver o ser humano, protegê-lo, salvá-lo ou coisa assim, senão ele mesmo; para isso ele recebeu sete atributos:
Memória, razão, inteligência, sabedoria, verdade, justiça e amor.
Esses atributos estão invertidos no homem e na mulher.
A mulher atua na terra com: sabedoria, verdade, justiça, amor.
O homem atua na terra com: memória, razão e inteligência.
Os atributos com que a mulher atua aqui, estão dentro do homem. O homem precisa entrar em si para dispor dos atributos de que a mulher se utiliza aqui. (assimile primeiro antes de prosseguir).
Os atributos com que o homem atua aqui, estão dentro da mulher. (pare a leitura e assimile primeiro a distinção entre o homem e a mulher)
Como a mulher está aqui, no mundo do homem, ela atua com seus 4 atributos e precisa também dos atributos do homem. A mulher praticamente atua com 7 atributos; o homem com três.
Assimilou? Leia outra vez. (não é só obter a informação; é preciso entender e se conscientizar)
- Como é isso de esmagar a cabeça da serpente?
A serpente só dispõe dos atributos do homem: memória, razão e inteligência; por isso o engana.
A mulher se utiliza de: sabedoria, verdade, justiça e amor. A serpente não entende essa linguagem. Esmagar a cabeça da serpente é falar uma linguagem que a serpente não entende. Inclui também conduzir o homem para dentro dele mesmo; ele precisa aprender a entrar em si.
- como a mulher consegue isso!
- a mulher faz-lhe uma pergunta; o homem entra em si e busca uma resposta.
- acontece que quando o homem entra em si, vai deparar-se, dentro dele, com os
atributos de que ela se utiliza aqui fora. Ela praticamente já sabe a resposta que o homem vai lhe dar.
A mulher apresenta o efeito; o homem entra em si para encontrar uma causa: Digamos que ele chegou tarde em casa.
- sua reunião demorou tanto assim! (este é o efeito)
O homem entra em si: caça uma justificativa e sai com essa:
- o diretor quis discutir uns gráficos; quer deslocar uns funcionários para fora do estado e eu não
sei se não estou no meio...(causa)
– Ah! Sei. (este “ah” significa auscultação: ela já tem preparada a próxima pergunta).
E o diálogo prossegue, ela sempre perguntando; a cada pergunta o homem pratica o exercício de entrar em si e é isso que interessa inconscientemente a ela ou levar o homem à prática da paciência; tudo é como se fosse combinado.
O que se disse contra a mulher, não é contra a mulher; é para preservar o homem; jogar a culpa nela para dar tempo a que ele se refaça; mas está difícil...
Quando se trata dos assuntos da espiritualidade, a mulher vai além do homem, bem mais além.
Se não existem agrupamentos religiosos de homens e mulheres juntos, não é por impedimento pelo sexo, é que a mulher tem visão muito além; uma sensibilidade muito mais aguçada, no campo do sagrado.
Li certa vez, sobre uma discussão acadêmica: quem raciocina mais, o homem ou a mulher? Respondo: o homem.
O homem está no campo dele, com os atributos dele; a mulher é uma instância acima do homem; ela se utiliza dos atributos do homem mais os dela, 3+4; se entender de aperfeiçoar isso, é certo que ela o superará porque disporá de 7 atributos; contra 3 apenas dele.
Mas atenção! Se a mulher se dedicar aos atributos do homem, há o perigo de ela esquecer os próprios atributos e se masculinizar, o que a desviaria de sua incumbência de esmagar a cabeça da serpente. Muitos são os exemplos que se vêem por aí de mulheres fora de seu habitat.

O grito da inocência - 2/3 ( Em 10/01/2008)

Todos ouviram aquela meninha gritando por socorro; não era por ela, senão por nós; era o grito da consciência, na tentativa de acordar os homens.
Tenho insistido e insistirei sobre a função da mulher no resgate do homem. A mulher incumbida de esmagar a cabeça da serpente, e o que se verificou foi exatamente o oposto: um homem esmagando a cabeça da serpente para resgatar a mulher ou melhor, o masculino esmagando a serpente em defesa do feminino.
Aqui e belo e o trágico se conciliam na inocência.
Todos viram ou leram sobre aquela menininha, sempre as menininhas mandando-nos mensagens...; ia ela pelas margens da estrada e foi atacada por uma sucuri que se lhe enlaçou nas pernas; ela aos gritos levada para o mato. Um homem lhe ouviu no desespero e, literalmente esmagou a cabeça do animal pra tirar as pernas da menina daquele nó.
Dir-se-ia que o acontecimento não é para tanto; quantas crianças morrem de fome aqui, ali, acolá e a coisa se dilui na indiferença morna do conforto.
É preciso pensar: o episódio teve repercussão nacional; alguma coisa há por trás dele:
- o homem substituindo a mulher na preservação da vida?
- o homem lutando contra o dragão para preservar a inocência?
- se o homem já está defendendo a inocência, o que está havendo com a mulher?
- se o mal foi superado, o homem é o novo Cristo?
- ou essa menininha foi chamada a despertar, em momento extremo, suas potencialidades?
- ou esse animal se doou para despertar homem e mulher?
- você acha que esse homem, depois do que fez, será o mesmo?
- não nos esqueçamos da lei de causa e efeito. Esse homem será o mesmo?
É mais uma criança colocando o corpinho a serviço de nos acordar. No pretexto de se salvar, gritou por chamar a atenção para acontecimentos que nos arrastam, sem que nós tenhamos consciência de sua gravidade.







O avião que não sabe descer - 3/3 ( Em 10/01/2008)

Lembra? Houve um tempo em que era moda falar-se dos grandes aviões de quatro motores, quebra da barreira do som. Beleza! O ar formava resistência e o avião forçava a duríssima parede. Quando não o conseguia, caía uns 10 metros por desviar daquele icberg no espaço. Depois veio o avião a jato. Que sacanagem! O jato passou a puxar o ar pelos lados e liberou o focinho do avião. Driblou assim a turbulência. Quanta esperteza!
Iniciativas assim é que fazem o homem acreditar na ciência e desdenhar da crença em si mesmo; se se propõe a cura por energia, ele prefere a injeção; nada faz por romper a dura parede das convenções; fica retido e não avança para a própria interioridade.
Chegamos a enganar a pressão do ar e não sabemos amenizar a pressão de resistência que impede a passagem da mente para o coração.
Avião sem bússola; não sabe descer... e permanece nas nuvens até que as hélices se desgastem por esforço de sustentar aquele peso desgastado; só sabe andar na horizontal; não se verticaliza.
Os passageiros avião? Bem, os passageiros também têm suas hélices; se entre eles houver um ou mais de vôo a jato, fará daquela altura, impulso para a mais verticalização a outros planos; levarão o sol ao encontro com a lua.
Os demais... bem os demais serão peças do avião por recolher

sábado, 13 de novembro de 2010

Um Braço do São Francisco 1/3 (Em 03/01/2008)


- Querem desviar parte do Rio São Francisco; o que você acha disso?
- Se você me pergunta o que eu acho, você está afirmando que eu acho; resta saber o quê.
- Então eu reformulo a pergunta: esta alteração no curso do Rio São Francisco é correta?
- São duas considerações a fazer:
            a – do ponto de vista ecológico, ela só tem a acrescentar; vai leva água a terras distantes.
            b – do ponto de vista humano, ela vai atender os esquecidos nos buracos do anonimato.
- Eu não vejo que ela vá ajudar ninguém, senão os magnatas, os latifundiários; engordar os ricos com o dinheiro do povo.
- O que acontece com os sem-terra? O governo dá a terra, e os beneficiados nada têm feito  com a terra que receberam.
- Vendem por falta de infra-estrutura.
- Também com a água seria o mesmo.
- Não é justo entregar aos ricos?
- Penso também assim; mas é a forma mais próxima do ideal, porque o rico vai montar ali a fábrica,  dar emprego para os da região; os ricos vão segurar os nativos no lugar, criar estradas para  escoamento de seus produtos.
- Então por que o bispo não queria?
- As águas a serem desviadas serão apenas de 10% do volume do rio.
- Você está do lado do governo!
- Eu estou do lado da justiça.
- Então por que o bispo não queria?
- A usina de Paulo Afonso nada sofrerá com o desvio porque a água é excedente. Só vejo  vantagens nesse desvio. É preciso lembrar aquele poema de Joaquim Cardoso:

                                   “Ser tão sem
                                   Sem ser tão
                                   Tão sem ser”.

- Ich! Se deixar, você vai apresentar mil maneiras de analisar isso.
- Relacionar o poema com o abandono em que vivem os da região
- Ta, desamarre então sua verborréia!
- O “ser” percorre oblíquo, torto de uma extremidade a outra do sertão.
- E este “sem” tem larga extensão, não?
- Sem ser participante, sem ser notado, sem comida sem assistência, sem água.
- E por que o bispo não queria?

O Espelho – 2/3 ( Em 03/01/2008)

Reflete o que eu sou nas duas dimensões de meu ser:

- o que minha visão alcança - minha imagem.

- o que minha sensibilidade alcança – os traços que provêm da alma.

A sensibilidade chama a intuição e as duas trazem à tona o que eu guardo de mais íntimo.

O espelho aponta o estado de meus pensamentos.

Minhas intenções e pesares.

Minha imagem refletida no espelho é apenas um primeiro plano,

Um chão de onde brotam cores e sons ou a opacidade,

Se a vida é sem sentido.

As linhas de meu rosto, os poros de minha imagem denunciam estado de Consciência.

Polida ou distorcida, conforme o que alimento em mim.

O espelho é uma caixa de segredos.

Não raro, espanta o dono.

Porque esbanja

Sabedoria.

Por isso é silencioso,

Revelaria luzes ou sombras de que nos esquecemos, mas que estão gravadas.

O espelho mantém-se no silêncio pra nos preservar.

O curioso é que o espelho não nos vê e

Tudo sabe.

É que o espelho se mune dos atributos da alma:

É sábio – tudo nos mostra.

É verdadeiro – não contestamos o que ele mostra

É justo - não vai além do que somos.

É amor – nada cobra pelo serviço que presta.

E cada um desses atributos, se nos estendêssemos, traria nova visão sobre nós mesmos.

O Ovo ou a Galinha – 3/3 ( Em 03/01/2008)


Quaisquer que sejam, os assuntos têm relações com o ser humano; cabe a nós encontramos essas relações.
- Quem veio primeiro o ovo ou a galinha?
- Claro que foi a galinha! Primeiro a vida, depois as inerências da vida; o ovo vem da vida para dar continuidade à vida.
- Quem veio primeiro, a alma ou o espírito?
- Claro que foi a alma! A alma é consciência; a consciência existiu desde o começo de tudo; a Consciência é que dá origem a tudo. Da consciência emanou o Filho; a consciência é o Pai.
- Portanto o que existia desde todo sempre era e é a Consciência.
- Sim. O espírito se desenvolve quanto mais de consciência for dotado sobre si mesmo.
- É da consciência sobre si mesmo que o espírito precisa...
- Da consciência emanou a vida; da vida emanou o ovo