quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Parábola dos talentos - 2/3 (Em 24/01/2008)

No texto anterior, falei sobre a memória como negativa quando exclusiva em assuntos que envolvam a condição humana. Vejamos agora um exemplo apontado pelo próprio Cristo.
Entre as muitas parábolas que o Cristo nos contou, aquela dos talentos é importante para os dias de hoje. Mt 25,14-30
O sujeito foi viajar e deixou seus bens com três de seus servos: a um confiou 5 talentos, a outro confiou 2 talentos e a um terceiro confiou 1 talento; muito tempo depois voltou e pediu contas a cada um.
Os dois primeiros duplicaram os bens; o amo deixou com eles os bens duplicados e os elogiou como servos bons e fiéis.
O terceiro devolveu o que recebera; fez um buraco no chão e guardou ali o bem recebido; alegou que conhecia o amo como homem cruel: ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste Mt 25,20. O amo considerou este servo preguiçoso e infiel e mandou que lhe tirassem os bens; ele teve oportunidade e não se esforçou para aplicar bem o que recebera
Até aqui a parábola.
Todos receberam a mesma espécie: talentos; todos receberam a mente igual para todos; um pode ter mais aptidão do que o outro, mas todos receberam a mesma espécie.
Os dois primeiros duplicaram os bens, isto é atuaram com a mente + a consciência.
O terceiro agiu pela lembrança que tinha do amo.
- ficou com a mente; a mente tem três atributos: memória, razão e inteligência.
- ficou apenas com a memória; a memória é 1/3 dos atributos da mente.
- pela lembrança que tinha do amo, anulou-se a si mesmo.
- agiu pela memória, regrediu; foi tido como:
- preguiçoso – cavou um buraco não chão
- dono da verdade – o patrão era como ele imaginava
- inconseqüente – colhe onde não plantou
- sem previsão ficou preso ao passado
- preso ao passado agiu pela memória.
E tanta coisa mais que se pode imaginar em quem vive preso à memória: anula-se a si mesmo. O senhor queria que ele aplicasse também a Consciência não importa a extensão do talento que tinha.
Essas coisas todas se aplicam àqueles que estão presos ao passado, por uma visão horizontal da realidade; não verticalizam sua visão. Esses infelizmente serão tidos como servos infiéis porque não providenciaram desenvolver suas potencialidades.
Fiquemos com aquele que nos põe a duplicar nossos talentos

Nenhum comentário: