A Professora Sílvia Saraiva teve a gentileza de me mandar a história da menininha que fez um desenho; a professora pediu auxílio dos colegas sobre aquela coisa bonita; como entender? Consultou os colegas psicólogos, pedagogos e experimentados na arte de lidar com criança. Cada um dava uma resposta teórica sobre o comportamento de crianças aos 7 anos. A professora não se convenceu.
- querida, se o céu é azul, por que você o desenhou cor-de-rosa?
- mas o céu não é azul tia! esses dias eu vi um céu laranja. À noite ele é sempre preto ou azul
escuro, mas dia claro ele pode ser cinza claro, cinza escuro, vermelho. Sabe tia, uma vez
eu vi uma tempestade tão grande no céu, que ela chegou a pintar o céu de verde! Não é
todo mundo que acredita, mas eu vi; era verde.
A professora ficou boquiaberta com o discurso; nunca tinha pensado nesse tipo de acuidade de uma criança, a que altura vai sua sensibilidade.
A história termina afirmando que toda criança é especial
O que me ficou deste texto foi a consciência do quanto eu sou presunçoso: quero fazer afirmações sobre assuntos de que não entendo e não sou capaz de, pelo menos, tentar entender a verdade que está o coração do outro, sobretudo quando esse outro é uma criança.
O que me ficou deste texto foi o fato de alguém ser mensageiro de uma verdade e não poder passá-la adiante porque ninguém a entende e nem se esforça por entender; dá de ombros e tudo fica por isso mesmo.
Isso dói!
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