Continuo analisando o poema Sufi que o Rodrigo me mandou; é meditação que vale a pena.
Na realidade, tua alma e a minha alma são o mesmo.
Aparecemos e desaparecemos um com o outro.
Este é o verdadeiro significado das nossas relações.
Entre nós, já não há nem tu, nem eu.
O vale é diferente, acima das religiões e cultos.
Aqui, em silêncio, baixa a cabeça.
Funde-te na maravilha de Deus.
A consciência é universal; a alma é uma emanação da consciência; logo a alma também é universal; se é universal, todos nós temos uma alma de igual emanação da consciência.
Este é o sentido da afirmação do poeta: “tua alma e a minha alma são o mesmo.” A alma é a mesma; nós podemos tornar a alma mais atuante ou menos atuante, conforme nosso grau de meditação.
O verdadeiro significado de nossas relações é nos esclarecermos sobre esses assuntos.
Com o verso: “já não há nem tu, nem eu”, o poeta se analisa apenas em função da alma, porque, em relação ao espírito nossas diferenças podem ser significativas.
O espírito assimila todas as nossas atividades de cada instante; elas são somadas a nossos traumas psicossomáticos,e podemos perceber o quanto somos diferentes.
Adiante o poeta afirma que “O vale é diferente, acima das religiões e cultos”. Com a palavra “vale”, ele quer significar interiorização; pela interiorização, nós descemos como se desce no vale.
Nesse ambiente de meditação, “baixa a cabeça e te fundas na maravilha de Deus.
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