sábado, 1 de maio de 2010

Poema Sufi - 2/3 (em 22/11/2007)

Continuo analisando o poema Sufi que o Rodrigo me mandou; é meditação que vale a pena.

Na realidade, tua alma e a minha alma são o mesmo.

Aparecemos e desaparecemos um com o outro.

Este é o verdadeiro significado das nossas relações.

Entre nós, já não há nem tu, nem eu.

O vale é diferente, acima das religiões e cultos.

Aqui, em silêncio, baixa a cabeça.

Funde-te na maravilha de Deus.

A consciência é universal; a alma é uma emanação da consciência; logo a alma também é universal; se é universal, todos nós temos uma alma de igual emanação da consciência.

Este é o sentido da afirmação do poeta: “tua alma e a minha alma são o mesmo.” A alma é a mesma; nós podemos tornar a alma mais atuante ou menos atuante, conforme nosso grau de meditação.

O verdadeiro significado de nossas relações é nos esclarecermos sobre esses assuntos.

Com o verso: “já não há nem tu, nem eu”, o poeta se analisa apenas em função da alma, porque, em relação ao espírito nossas diferenças podem ser significativas.

O espírito assimila todas as nossas atividades de cada instante; elas são somadas a nossos traumas psicossomáticos,e podemos perceber o quanto somos diferentes.

Adiante o poeta afirma que “O vale é diferente, acima das religiões e cultos”. Com a palavra “vale”, ele quer significar interiorização; pela interiorização, nós descemos como se desce no vale.

Nesse ambiente de meditação, “baixa a cabeça e te fundas na maravilha de Deus.


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