A língua é um órgão impulsionado pela energia do movimento; todos os nossos órgãos sujeitos ao movimento não têm domínio sobre si mesmos; a língua não tem domínio sobre si mesma.
Entre os sujeitos que acionam a língua, podemos citar alguns como:
- a mente, estimulada pelo que os órgãos dos sentidos captam;
- o vigor instintivo de procriação que fala, grita e a língua traduz;
- os traumas psicossomáticos que fizeram do coração um albergue, de onde disseminam a
baderna a ser expressa pela língua;
- nossa história pessoal.
Esses agentes são invasores que se instalaram dentro de nós; eles procedem do movimento e precisam exprimir-se pelo movimento. Daí a agitação de nossa língua; ela está sujeita a impulsos de diversas procedências, quase incontroláveis.
Era comum afirmar-se que, quando íamos ao médico, ele nos pedisse para ver nossa língua. Diziam os oradores sacros que também o Divino Médico há de nos pedir que lhe mostremos a língua, pela qual ele poderá auferir sobre o que fizemos com nossas energias de dentro no sentido de esclarecer o outro.
Os impulsos que assediam a língua são de procedências irracionais; em nada se relacionam com a consciência, por isso expressam desejos de projeção e suas derivações.
Costuma se dizer que as aftas são formadas por acidez no estômago; não é só: há um tipo de aftas formadas por energias acumuladas embaixo da língua; apenas pelo repouso, elas podem perder o vigor.
Dois exercícios:
1 – língua - concentrar-se na língua sem qualquer pensamento; se ela é impulsionada pelo
movimento, temos de criar-lhe um ambiente de repouso.
2 – tiróide – respiração: concentrado na tiróide, fecha a boca e puxa o ar; abre a boca e solta o ar. Dez vezes.
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