Atualmente se aplica maciçamente a memória, sobretudo no terceiro grau; no terceiro grau, o estudante deveria ser orientado a relacionar os assuntos de suas leituras com os valores de nossa vida, de nossa interioridade; não se faz isso: ele é avaliado pelo grau de memória que tem.
No começo de um módulo, são-lhe indicados diversos livros para leitura; ao longo dos debates, as interferências dele devem ser sempre fundamentadas nas leituras indicadas; no dia da apresentação, ele desenvolve uma tese em função daqueles livros; assim, ele se coloca do lado de fora da própria apresentação; torna-se um estranho ao próprio estudo.
Não há por que se possa condenar um atributo sagrado; mas o uso abusivo que fazemos da memória é condenável, porque com o uso predominante da memória, tornamo-nos:insensíveis, intransigentes, obtusos. Não percebemos que a mente não se desenvolve apenas por um atributo,ainda mais quando esse atributo atua num tempo e espaço fora de nossa realidade. Sim porque a memória está sempre distante de nós; voltada para trás; a memória tira-nos de nossa realidade presente para vivermos uma realidade fora de nosso tempo e espaço.
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