Citando Guerra e Paz, o Professor Georges Gusdorf nos conta daquele príncipe que percorreu diversas universidades à procura de uma resposta para o sentido da vida; veio a guerra e o moço príncipe foi aprisionado; disfarçou a condição de príncipe e foi conduzido para uma prisão subterrânea em que se juntam suspeitos de toda espécie. Na escuridão do ambiente, ele ouvia alguém que falava sempre por aforismos: Deus ajuda a quem madruga ou quem tudo quer, tudo perde e coisas assim; a voz sugeria humildade e conformidade com o sofrimento; aquelas verdades simples atuaram no príncipe como o despertar de um segredo que em vão procurara tanto tempo. Logo depois o grupo escapa em fuga e o moço morre de frio por não ser capaz de acompanhar os fugitivos.
A separação entre os dois é evidente, mas o fio da verdade restabeleceu a ligação entre o espírito e a alma do príncipe; acendeu-se a chama do entendimento; os opostos se conciliaram; o príncipe encontrou seu mestre interior e, com ele, a luz.
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