A águia, cria os filhotes nos penhascos, entre as pedras; num dado momento, ela os arremessa lá de cima para baixo; eles precisam se lançar ao vôo.
Os filhotes estavam em uma dimensão inferior: uma dimensão de dependência. No vazio, as potencialidades se manifestaram neles; no vazio, os filhotes tiraram de si mesmos os meios com que alcançar uma segunda dimensão: a dimensão do vôo.
Também conosco é assim: a primeira dimensão é racional; na dependência dos órgãos dos sentidos: precisarmos ver, apalpar as coisas; as coisas precisam ser comprovadas pela razão.
Quando nos lançamos no vazio, todas as exigências da razão desaparecem e temos a oportunidade de sermos nós mesmos, porque a liberdade suprema está na ausência de tudo.
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