O espírito humano é formado pela utilização que cada um de nós fizermos da própria mente; nós estamos utilizando a mente apenas voltada para o mundo de valores concretos; o espírito humano é formado apenas pela mente voltada para os valores concretos.
O assunto me parece grave e se refere a cada um pessoalmente.
O interesse aqui é pelo espírito encarnado: o meu, o seu, o do outro. Este está esquecido, marginalizado. Sabe aquele menino de rua? Assim está nosso espírito.
Sabemos que este plano é o do movimento, tudo se agita; por oposição, o próximo mundo será o do repouso.
Quando nosso espírito sai deste plano, entra no âmbito do repouso; se ele não levar experiência do repouso, fica à deriva; não consegue atuar, como fazia no mundo do movimento.
No mundo do repouso, a única ferramenta de trabalho é a mente; nossa mente aqui está habituada a trabalhar com valores concretos; do outro lado não existem valores concretos; a mente fica sem função.
Para se ter uma idéia de como fica o espírito do outro lado, é só pensar num astronauta fora da gravidade: ele flutua sem controle; assim fica nosso espírito se não levar daqui a experiência do vazio pela meditação.
Nosso esforço será o de dotar o espírito de meios com que possa se mover fora daqui.
É preciso pensar sobre o assunto.