O terceiro fator de nosso descontrole na ida é, queiramos ou não aceitar, o fato de sabermos que aquilo se passará conosco. Aquela coisa sorrateira vai nos deixar assim; temos também a consciência de que não se chega àquele estado sem uma grande dor física e essa nos apavora mais do que aquela em que essa desemboca.
Com todo o respeito, mas é comum ouvirmos expressões do tipo: “como eu vou viver sem ele, ela”? O que caracteriza essa frase é o medo do vazio que cresce ali às margens daquela coisa sem rosto, sem capa preta.
Essas circunstâncias é que diferem a vinda da ida. Na vinda, alimentamos expectativas, os augúrios, os corações se abrem para receberem aquela criaturinha que, além do mais tem data certa de chegar e nos pomos a recebê-la, mal foi anunciada sua vinda.
Na ida, tudo é de supetão; nada é preparado, não participamos daquilo; quando damos fé, a energia cessou, apagou-se a luz. Requescant in pacem.
Mas o que temos de celebrar agora é a vida e a vinda. A Manuela será educada sob um Conselho de pessoas bem formadas; será mais uma luzinha no mundo e queira Deus que tenha a disposição de tomar a tocha da família e conduzi-la por entre os corações.
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