Energia - complementação
Algumas crianças entraram num palácio onde habitava um homem enfeitiçado pela própria imagem refletida num espelho; esse espelho só poderia ser quebrado por uma criança pura.
Fechou-se a porta, e as crianças procuraram em vão outra saída. Uma delas desapareceu. De repente, forte trovão e raio. Ouviu-se o estilhaçar do espelho. A porta se abriu e a criança que tinha sumido reapareceu junto às outras.
Essas crianças presas bem podem ser a representação de certos grupos que se mantêm fechados, ingênuos em torno de seu “mestre”; acomodam-se respirando o que ele respira e não se dão conta de que é preciso ajudá-lo a quebrar-lhe o encantamento.
Destacam-se quatro aspectos no texto:
a – um homem enfeitiçado pela própria imagem;
b – uma criança que desaparece;
c – trovão, o raio;
d – espelho estilhaçado.
O homem deslumbrado é o sábio encantado com seu saber.
A criança pura suscita no homem uma vivência interior de que ele nada entende.
O trovão, o relâmpago são as adversidades, as dores, a perda irreparável, pelos quais esse sábio tem de passar para despertar a consciência sobre o próprio interno.
O espelho estilhaçado possibilita duas visões:
- o homem abdicou do saber e esse saber se tornou disponível para muitos
- acabou-se a fonte de vaidades; restou ao homem o vazio, o nada em que se contemplar.
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