Uma senhora de noventa e cinco anos levantou uma dúvida: “Por que, no meu tempo de colégio, as meninas, mesmo do colegial, não podíamos ler a bíblia”?
Considerações: Se as meninas não podiam ler a bíblia, é porque alguma coisa se esconde por trás das metáforas que a mulher, ao tempo da consulente, não deveria saber; ela poderia levantar questões de causar embaraços, dada a pouca abertura religiosa de então.
Resposta: diz a bíblia que primeiro veio o homem; a mulher veio depois; ela é está no meio entre Deus e o homem; está mais próxima de Deus; se a mulher se tornasse versada na leitura da bíblia, decerto ela:
- tomaria consciência de sua condição de intermediária, advogada do homem.
- perceberia sua inocência na trama que se estabeleceu contra ela, ao longo do tempo.
Isso aconteceu para amparar o homem; se a mulher soubesse dessas coisas, tê-lo-ia deixado de lado, em função do acentuado machismo e resistência masculina. É incumbência dela “esmagar a cabeça da serpente”; tirar o homem do sono e despertá-lo para as potencialidades do sopro que o Criador infundiu nele. A mulher fustiga o homem no lar para que ele aprenda a ouvir; seu machismo não o deixa comentar com os outros homens e ele se interioriza: vê sem reclamar; aprende a abdicar em favor da família; aprende a ceder pelo silêncio.
Muito do que se disse contra a mulher no velho e no novo testamentos foi no sentido de mantê-la afastada da ocupação religiosa, para que o homem não se percebesse menos dotado no exercício de lidar com o próprio espírito e praticar a doutrina que ela já tem dentro dela mesma.
Essas coisas tinham de ser veladas sobretudo ao feminino de um século atrás. Entende-se agora por que Maria Madalena não foi aceita entre os discípulos.
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