quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Energia (Em 20/04/2006)

Energia

Este enfoque sobre energia é feito em função do ser humano; apresenta um dado de conhecimento geral e busca a relação com os componentes espírito e alma.

Se digo que a energia tem dois pólos, isso é de conhecimento geral; mas procuro lembrar que também no ser humano atuam dois pólos: o pólo do movimento: aciona a mente pelo lado de fora de nós; o pólo do repouso; atua no coração vazio de pensamento, atua no repouso. O espírito atua pela mente; o coração é um posto avançado de comunicação com a alma.

O espírito se desenvolve ao longo de quatro etapas: movimento, repouso, luz e consciência. Estamos ainda no primeiro estágio, no âmbito do movimento, do pensamento. Por circunstâncias diversas, a energia do movimento invade nosso mundo interno, empurrada por acidentes, doenças graves, sustos fortes, ofensas, perdas e tantas coisas. Essa energia do movimento se agita no campo do repouso e nos causa conflitos. Os conflitos têm duas origens:

- traumas mencionados há pouco e assimilados sobretudo na infância;

- sonegação do saber; o saber como energia retida conscientemente.

Todo saber entra em nós procedente de fora, conduzido pela energia do movimento e se instala no âmbito do repouso; se essa energia ficar retida dentro de nós, se não passamos adiante esse saber, ela se agita dentro de nós, incha e nos incha.

Por outro aspecto, a alma é a Consciência Profunda retida em nós; é um centro emissor e refletor de energia; ela é auto-suficiente, dotada de todos os atributos de sua origem, mas esses atributos estão esquecidos por ela, na densidade da matéria.

Cabe ao espírito fazer a alma recordar suas origens. Sabe aqueles filmes em que o mocinho passa pelas maiores peripécias para libertar a mocinha? Assim é o esforço que o espírito deve promover em si mesmo; mas ele só consegue isso quando pratica ações relacionadas com: verdade, justiça, amor e outros. Ações assim despertam a alma. Se ela recorda, emite energias de iluminação relacionada com aquilo que recordou; o espírito assimila essas energias; se as ações do espírito não causam identidade na alma, é como se a mocinha estivesse na torre e o mocinho buscasse libertá-la nas galerias: a energia despendida foi inútil: é devolvida ao espírito.

Saído da terra, é de se supor que o espírito não leve consigo a energia do movimento de que acabou de se livrar neste plano; ele vai mergulhar na energia do repouso.

Se o espírito levar para o outro plano a energia do saber não liberada, ela lhe será uma carga, atuando nele como um trauma; ele precisará voltar à terra; essa energia que ele traz de volta se adere ao pâncreas; acumula-se no pâncreas; daí as deficiências pancreáticas congênitas.

Fora de nós, a energia é agitada; dentro de nós, ela é lenta; quanto mais se aproxima da alma, a energia se torna rarefeita; só a intuição ultrapassa a região de energia rarefeita; ela vai direta à fonte de onde tudo emana.

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