Precisamos desenvolver a sensibilidade; desenvolvemos a sensibilidade pelo silêncio interior; um silêncio que cale as vozes de dentro.
Pela sensibilidade, abdicamos de nós mesmos, lemos dentro das coisas e por trás delas;
Sensibilidade não é emoção; a emoção se manifesta ante um fato real, concreto; a sensibilidade vai além: conduz-nos à busca de uma repercussão no imo de nosso ser; ainda mais, ela é poder de sintonia com realidades de outras fontes.
Há que se distinguir a sensibilidade do artista; o artista exprime sua sensibilidade no concreto de sua obra de arte; a sensibilidade que nos convém alcançar é robustecida no silêncio interior; nossa busca é de uma sensibilidade que alcança sintonia com nossas origens.
Sensibilidade é a matriz da terceira visão; a terceira visão é isso: todo o corpo e mente empenhados na captação do que é sutil e que se encontra por trás da realidade concreta; a sensibilidade possibilita uma leitura pelo lado de dentro de tudo. Sensibilidade é sintonia resultante do vazio de qualquer pensamento; o vazio de qualquer pensamento forma espaços por onde um fio condutor alcança nossos estados de alma cada vez mais sintonizadores com a singularidade de nossa vida.
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