O homem se edifica pelo que pensa; afirma-se que pensar é um ato de liberdade; mas o pensamento do homem ainda não explorou as duas dimensões do ser humano; o homem não foi orientado a descer a sua interioridade, não pode ser livre. Dentro dele gritam os conflitos de atuar com apenas metade de seu potencial.
Ao longo do tempo, ele vem sendo avaliado por seu poder de força, pelas decisões e bravuras, pelas resoluções rápidas; acontece que essas valorizações estimulam o homem sempre mais para o lado de fora e ele se distancia de sua interioridade.
A razão é outro fator de manter o homem afastado dele mesmo; a razão lida com fatos concretos, submete tudo à lei de causa e efeito; a razão limita o campo de atuação da mente humana porque quer respostas concretas e o concreto é exterior ao homem.
O homem não foi estimulado a descer com a mente a coração. Resulta disso que ele não sabe se verticalizar; precisa de ambiente propício ou de convivência duradoura com uma mulher: mãe, filha, irmã, esposa, ou outra.
Verticalizar-se é descer com a mente ao coração e aí auscultar a segunda dimensão de si mesmo; como o homem já atua no mundo do movimento, aquele que se verticaliza equilibra os pratos da balança; o homem procura a paz do lado de fora de si mesmo, mas a paz é interior.
O primeiro homem tinha acabado de sair das mãos do Criador; este lhe fez a advertência sobre não comer do fruto da árvore; a mulher não existia ainda!
A intenção do Criador era que, tendo acabado de ser feito, o homem ainda estava zero
quilômetro, ainda estava dentro do coração; a advertência foi para que ele não saísse do coração;
Nenhum comentário:
Postar um comentário