terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vida Clandestina (24/02/2006)

Sabe um produto pirata? É reproduzido na clandestinidade, sem a participação do autor, entra contrabandeado.

Fazemos da vida uma cópia clandestina, sem a participação do autor; nossos filhos entram neste mundo como produtos fora da lei. Por isso eles são neuróticos, psicóticos, alérgicos medrosos, inseguros e portadores de doenças de fundo desconhecido. Nossos filhos são produtos de pirataria.

Como foi que o Criador fez o homem? Pegou o barro, modelou-o, corrigiu as arestas, soprou. Se são metáforas, não importa; o importante é ressaltar a atenção que o Criador dispensou a sua criatura, no ato de trazê-la à vida: pegou o barro, modelou-o, corrigiu as arestas, soprou.

Como é que nós fazemos um filho?

Ela se concentra nele para tirar o maior proveito do momento; ele se concentra nela para tirar o maior proveito do momento.

O filho que nasce de fecundação assim, nasce entre dois egoísmos, sem vínculo com o autor da vida; não se reproduziu a atenção do Criador dispensada à criatura.

Assim, a alma perde o vínculo com suas origens.

Todos os traumas, apontados na primeira parte deste texto, são decorrentes dessa desvinculação da alma com a Fonte.

Num ato de reprodução, ela deverá centrar-se no coração; ele centrado na mente, no cérebro, cada um dotando o filho com as energias de seus pólos respectivos; ali o Criador dispôs seus atributos. Queremos ser pais? Temos de abdicar de nós mesmos, em favor dos filhos.

Maria abdicou de si mesma: faça-se segundo a tua vontade; o Filho nasceu um luminar.

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