Ouve se dizer que o Cristo: não existiu, casado, pai de n filhos, viveu na Índia e vai por aí. Essas colocações estão relacionadas com a história; a história está embutida num tempo que já passou; nada acrescenta a nossa vivência hoje, aqui.
Afirmações assim não nos ajudam porque nós precisamos de um sinal que nos oriente para dentro de nós mesmos. Como vivemos no mundo do movimento, é preciso avançarmos e não se avança olhando para trás.
A mensagem do Cristo é de hoje e só precisa ser interpretada; bem interpretada, ela se relaciona com a mente humana, em qualquer tempo e lugar; mal conduzidos, os assuntos que Cristo ensinou ficam sujeitos a direcionamentos à mercê da formação de cada um.
O velho testamento se compõe de narrativas que nos contam como a mente conduzia os órgãos dos sentidos; o novo testamento avança, vai além: mostra como a mente deve:
a - atuar sobre si mesma, expandir-se; por isso Cristo se utiliza de parábolas para que a mente exercite o entendimento; perdoar é defender a mente contra a energia negativa emitida pelo ofensor.
b - descer ao coração na direção da luz interior; sobre a qual já falei em 8 a 14/01/06,apoiado no Cristo.
Outro aspecto que não avança é o de se afirmar que a dualidade não existe; só existe o uno. O uno é nossa meta mas, para alcançarmos o uno, temos de equilibrar o fora e o dentro de nós mesmos; o nome Jesus Cristo é dual: Jesus, o homem, a inteligência; Cristo a divindade, a consciência; Cristo se declarava Filho de Deus e Filho do homem; o Filho do homem atuando pela inteligência; o Filho de Deus, pela consciência; como as duas dimensões estavam em paralelismo nele, Cristo dizia sobre si: “eu e o Pai somos um”. O uno está por trás da dualidade; sem equilíbrio das partes, o uno não se manifesta.
Do lado oposto, existe um objetivo velado de atrair a mente humana para a distância, para mais fora de seus domínios; acontece que, fora de seus domínios, a mente humana se torna vulnerável e susceptível de adotar normas que não contribuem para o desenvolvimento espiritual .
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