Mas isso é irreversível: como tudo só se realiza pela equilibração dos opostos, sobretudo num mundo globalizado, nem o ocidente pode ficar com sua indústria secular, nem o oriente pode manter-se em seu repouso milenar.
Os costumes terão de se fundir e os livros de auto-ajuda vêm preparar essa fusão; eles vêm preparar a instalação dos costumes orientais entre nós, e não se pode negar que já estão ganhando corpo. Do mesmo modo que os orientais receberam inclusive a fórmula I que é o máximo de movimento, barulho, ausência de repouso.
Parece até que eles foram mais maleáveis do que nós, porque crescem a olho nu; nós não conseguimos sair do ranço, das olheiras que obliteram nossa visão.
Dizer que os livros de auto-ajuda não são recomendáveis é se colocar a serviço do capital (que expressão feia!); defender os interesses dos ricos que se tornam mais ricos à custa de nossa desinformação.
Já vivemos coisa parecida assim: lá pelos idos de meio século atrás, sobre o que se dizia da moça telefonista, da secretária; o ideal era ser professora. Talvez por ter se apoiado tanto em idéias de ocasião, o magistério esteja vivendo situações de risco e constrangimento.
O mercado está cheio de livros sobre educação; que educação nós construímos?
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