Precisamos dar atenção ao espírito humano; o espírito encarnado; o meu, o seu o do outro. Este está abandonado, esquecido, marginalizado. Sabe aquele menino de rua? Assim está nosso espírito. È preciso pensar sobre o assunto.
O espírito humano está afogado no movimento, o espírito humano não tem condições de se desprender do movimento, se nós não intercedermos por ele; o espírito humano se tornou uma peça solta na engrenagem sagrada.
O espírito humano pede socorro. Qual o socorro que devemos prestar a nosso espírito? Exercitar todo dia a entrada em nós mesmos; assim ensinamos nosso espírito a entrar nele mesmo.
No mundo em que vivemos é o movimento; quando nosso espírito sai do âmbito do movimento, entra no âmbito do repouso.
Imaginemos os astronautas como bóiam no espaço, sem controle de direção; assim será a condição de nosso espírito, se ele nada levar de experiência do repouso; viver em repouso é se interiorizar; auscultar os valores de dentro.
Como praticar o repouso? No ônibus, na rua, no metrô, onde estivermos,
- concentrar-se no coração.
- fazer calarem-se essas vozes de dentro de nós.
- ter de cor um texto curto: um poema, uma letra de música, uma oração.
Em vez de deixar essas vozes que corram soltas, recitemos esse texto, dez, vinte vezes concentrado em cada palavra, durante o percurso; estaremos ensinando nosso espírito a entrar em si mesmo e quanto mais entramos em nós mesmos, mais o espírito está treinando essa entrada em si mesmo, fundamental em outro plano.
Este tipo de exercícios nada tem a ver com a distração; ao contrário: quanto mais nos concentramos, mais a consciência fica desperta.
Nosso espírito é criança que precisa ser treinada a viver fora de casa, sozinha. Imagine uma pessoa que chega a um lugar de língua e costumes diferentes; desconhece a língua e os costumes, não tem guia nem tem qualquer ponto de referência para se manter.
Assim é o espírito fora deste plano, se não leva enxoval de experiência interior.
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