segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Verdade III (Em 31/03/2007)

Sobre a verdade, encontrei este excerto: “Conhecer esteticamente uma língua é sondar-lhe fundo as riquezas, é senhorear-se de suas virtualidades, é sentir-lhe a harmonia interior, é perceber-lhe a plasticidade, é poder dominá-la como instrumento de arte“. Rui Barbosa.

Rui se refere a um ponto crítico do domínio estético de uma língua que é sua semântica. Rui Barbosa se refere à catalisação semântica que devemos aplicar a cada texto.

Ele se refere a “riquezas”; elas são oriundas da verdade com que o autor trabalha seu texto; a nós compete o esforço de sintonizá-la, já que somos depositários da mesma verdade que ele.

A Semântica se ocupa da significação das palavras, na transcendência da linguagem;

A Semântica promana exatamente daquela verdade que habita no interior de cada um, e permanece na intenção do autor, mas transparece no texto, daí a necessidade de “sondar-lhe fundo as riquezas”. Rui se refere exatamente a esse fundo de verdade ao qual precisamos descer e de lá extrairmos aquilo de que o autor estava imbuído e que não mencionou.

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