quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Por que não falamos de Inferno1/3 (Em 06/04/2007)

A pergunta já supõe a existência do inferno; conforme a pergunta, o inferno existe, resta saber como se pode estender o entendimento até onde existe.

Como o enfoque é bíblico, temos de nos basear na bíblia, já porque ela é a única fonte geradora desses assuntos.

Em primeiro lugar, entender que Deus criou o mundo apenas com razão e inteligência, só; embutida na razão, está a lei de causa e efeito: “a cada ação corresponde uma reação da mesma natureza em sentido contrário”; você me arrancou um dente, eu vou arrancar um dente seu; desde os primórdios já se praticava essa lei; era o olho por olho, dente por dente, mão por mão, vida por vida.

A bíblia nos informa que Deus criou o mundo; tendo criado o mundo com razão e inteligência, a lei de causa e efeito passou a vigorar; quando Deus criou o homem, pela lei de causa e efeito, criou também seu oposto: a sombra do homem; a sombra do homem é o diabo; quando Deus criou o céu, pela lei de causa e efeito, o inferno veio de contra-peso.

O inferno não é um lugar onde os seres humanos vivam na pendura; o inferno é um estado de espírito onde os seres humanos suportem suas agruras individuais.

O inferno resulta proporcional de como orientarmos bem ou mal a própria mente. Um sujeito que estraçalha uma criança presa ao cinto de segurança, já estava com a mente nessas regiões de sombra.

Todos os bens ou males são créditos que nosso espírito tem de assumir; nosso espírito leva, para o lado de lá, o inferno construído aqui; o espírito não se desembaraça desse acervo macabro, senão pela consciência; a consciência não se adquire pela informação, mas pela prática da informação; consciência se adquire por aquele “saber de experiência feito”, no dizer de Camões.

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