Será que eu tenho cumprimentado o moço, a moça do pedágio? O que me custa dizer uma palavra amiga às pessoas, de preferência às desconhecidas? Se quero adquirir simpatia, devo fazer esse tipo de exercício: gestos pequenos, expostos pela vontade de quebrar o gelo.
Ocorre-me aquele moço que se postou na praça com um cartaz: “um abraço; é grátis”; a princípio os transeuntes riam; com o tempo a adesão foi tamanha que o prefeito decretou sua proibição na rua, o que foi rechaçado pela pressão de milhares de assinaturas.
Um gesto simples movimentou o povo que reivindicou aquilo como direito seu.
A nós é só uma palavra, um bom dia, um sorriso; é a forma de se “matar o bicho”. Esse bicho tem nome, chama-se incomunicalibidade, solidão, isolamento; tô fora.
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