sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ciência e Fé - 2/3 (Em 16/08/2007)

Nós latinos, levamos uma vantagem sobre este pensamento em linha reta: é que, apesar das distorções, fomos conduzidos por ideais em cuja raiz está uma divindade e isso é um passo além, no destino humano; mais ou menos aprendemos a pensar bem, como queria Pascal: “aprendamos a pensar bem, eis aí o princípio da moral”. O que nos falta é darmos prosseguimento ao que já aprendemos para verificarmos o quanto o ilustre cientista quer nos puxar para trás.

Deus não pode assumir nossos erros individuais, chamando a si a culpa de nossas falhas. Enquanto crianças, nossos pais assumiam a culpa por nossos erros; agora adultos, temos de assumir nossas culpas; esse é um princípio da moral, da lei; como “as leis humanas são cópias das leis divinas”, no dizer de Sócrates, se não cumprimos bem as leis humanas, não saberemos nos enquadrar nas leis divinas, fora deste plano.

O que parece existir por trás dessas afirmações do cientista é um jogo de Marketing: comprem meu livro e vocês se libertarão. Então é fácil atacar Deus, pensando em superar a venda do “Código da Vinci”.

Deus é uma realidade humana; está dentro do homem e espera que o homem o chame para que venha manifestar-se em nós por seus atributos; para que Deus se manifeste em nós, podemos também entrar no mundo dele; e o mundo de Deus é dentro de cada um de nós, exatamente para que seja acessível a cada pessoa, na intimidade de si mesma.

O que não vale é ficarmos aqui, do lado de fora com o desdém da raposa, sem a consciência de que quanto as uvas estão doces...

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