Minha amada, minha querida.
Quanto ao coração deixo com você este saber para que você, depois de amadurecê-lo, passe-o adiante que outros espíritos possam edificar-se.
É importante você perceber: nada do que lhe digo está relacionado com religião, qualquer que seja, embora tome o Cristo como fundamento de minhas afirmações.
O que nos interessa é alcançarmos o centro de nós mesmos e ninguém deixou melhor as diretrizes com que se alcançar esse centro.
Nossos traumas psicossomáticos: desde a infância, alojaram-se em nosso coração e dali comandam nossa mente para a desordem. O coração para nós hoje é o centro de onde promanam todas as coisas más: inveja, impulsos, o ciúme, o estupro, o vício e tudo o que é ruim. Tudo o que é ruim vem de nossos traumas instalados no coração.
Acontece que o coração é o lugar onde estão nossas potencialidades internas: sabedoria, verdade, justiça, amor, intuição e seus derivados: fé, coragem, liberdade paciência e tantas outras.
Na frente dessas potencialidades estão os traumas impedindo a passagem delas.
A tarefa com nós mesmos, é de retirarmos esses traumas, que deixem passar nossas virtualidades.
Uma empresa sólida, quando menos espera, está às voltas com sonegação, superfaturamento e outras formas tantas de usurpação; uma auditoria revela o quanto de ladrões ela está abrigando em seu bojo; assim é nosso coração, minado por forças sub-reptícias que lhe obstruem o fim a que se destina. Uma auditoria, dentro de nós, realiza-se pela descida de nossa mente ao coração; os traumas fogem; eles têm medo do silêncio que a mente levar: o silêncio é da consciência e nossos traumas são inconscientes, barulhentos.
Quando os traumas deixam o coração, nossas potencialidades vêm ocupar seu lugar de herança. Você conhece a expressão “região dos mortos” ou “mundo dos mortos”, na literatura sobretudo grega; refere-se aos que viviam em inconsciência; sai-se dessas regiões quando:
a – se adquire um saber sobre como edificar-se; alcançou-se um novo nível de consciência.
b – quando nossas potencialidades até então inativas, são postas a atuar no sentido de nossa
elevação interior; aí vem a intuição apontar-nos caminhos de superar barreiras.
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