sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ciência e Fé - 1/3 (Em 16/08/2007)

“Deus leva crédito pelas coisas boas, mas nunca a culpa pelas coisas ruins.” Isso é o que diz um cientista e diz mais coisas contra a religião e coisas e mais. Em meio à entrevista, falando de seu livro, afirma categórico: “se este livro funcionar do modo como pretendo, os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o terminarem”

É de fato muito difícil de acreditar que, em nosso tempo, ainda haja homens bem intencionados, mas com a mente tão açoitada pela ventania da presunção; diríamos até de ingenuidade.

Essa mente está presa a sua ciência; condição louvável, mas a ciência, com todo o respeito que nos merece, é horizontal, caminha apoiada na matéria; não consegue fazer da matéria campo para alçar o vôo.

E fica esse cientista olhando para a religião e fazendo o papel da raposa na fábula de Esopo: como não podia alcançar as uvas no alto da parreira, desdenhava-as: estão verdes.

O mundo está vivendo uma fase de desencanto; apesar de todo esse progresso científico, não temos um líder autêntico, capaz de se impor e tomar a si as rédeas de nosso destino; nesses momentos de carência aparecem elementos assim para tumultuar ainda mais o caos a que chegamos

O nobre escritos se esquece de que foi a ciência que nos causou a derrocada com o episódio das torres gêmeas. Desde então, o mundo se encontra ameaçado por um terrorismo versátil, portátil, capaz de atuar em qualquer aglomerado humano, em qualquer recinto, com a precisão que se coloca acima de qualquer matemática.

Minha preocupação é com a mente humana que se preserve dessas investidas; a mente humana não é uma prancha de surfe que flutua em linha reta. Se fosse isso verdade, teríamos de começar negando a psicologia, não existe; é conversa; depois a concentração; nenhum esportista se concentra; é balela; por fim, a alma; não existe é história da Carochinha. Quer dizer: o ser humano não teria profundidade; tudo se realizaria no rés-do-chão.

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