sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Hospital Oswaldo Cruz – 1/6 ( Em 01/06/2009 )

Estive num hotel de luxo. Dizem que é um hospital; para mim foram mais de 20 dias de lazer, sob o comando do Doutor Ciro.  
Já não me refiro à competência dos Médicos que isso se espera de um ambiente como aquele. O que me atraiu, o que cativou sobremaneira foi verificar a interação entre o pessoal, cujas atitudes retratam decerto e a filosofia do Hospital. Andam todos por uma linha do centro, empenhados na causa de bem servir e, muito mais do que servir, fazer de seu serviço um ato humano. Difícil num ambiente coletivo!
Ao tempo que ali estive, jamais me apareceu um profissional de qualquer linhagem que não se manifestasse pela mesma postura de irradiação, desde as moças que serviam a comida às faxineiras, o corpo de Enfermeiros, gente preparada para permanecer no centro, entre o sorriso alegre e uma outra postura quando o ambiente impõe.
Claro que a fisionomia não será a mesma ante um doente angustiado, terminal; e essa capacidade de saber distinguir é a marca eficiente dessa grei que atua no Oswaldo Cruz.
O que dizer das amizades que fiz por lá, com cada um debochando da própria doença, à queixa bem humorada eles sabiam interpretar com não menos humor?
            Lembro-me de ser conduzido a certo ambiente onde um senhor calvo estava concentrado, talvez com certa estatística; eu simplesmente lhe atirei: - aquele é Sócrates, só sei que não sei.
E o diálogo se abriu o mais proveitoso; não era apenas o cientista; incorporava a humanização do ambiente, denominador comum que pude observar no âmbito do Hospital Oswaldo Cruz.

Há homens que habitam terras
Em terras de pouca luz
Mas a luz ali se encerra
Nas terras do Oswaldo Cruz.

Corre o sorriso constante
Corre a alegria geral
Eis uma forma elegante
De se combater o mal.

Um Hospital? Um celeiro
De almas abnegadas
Em cada qual um luzeiro
Com que formam uma alvorada.

Manoel de Farias Nery


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