segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Mundo – 5/6 ( Em 10/03/20009 )

            O mundo somos nós: eu, você, o outro, o outro mais; nós damos sentido ao mundo; sem nós, o mundo seria uma procissão inexpressiva de luas e sois; espíritos à procura de um túmulo. Para darmos sentido ao mundo, fazemos opções sob três ângulos:
- pelos órgãos dos sentidos
- pelo silêncio de dentro.
- equilibrar os sentidos com o silêncio de dentro
É maciça a opção pelos sentidos: os ouvidos, os olhos, o olfato, a boca, as mãos. Sob esse aspecto, o mundo se abre em infinitas perspectivas que se entrecruzam num emaranhado extremamente complexo.
Quando se afirma que o homem é um ser complexo, intrincado, está-se analisando o homem pelo lado de fora; por suas reações no mundo.
De fato, são atuações que se misturam, entrecruzam num tecido gigantesco que forma a teia em que nos envolvemos. Se o homem é um ser complexo, a complexidade se verifica pela adoção dos sentidos como referenciais de direcionamento.
A opção sobre nós no mundo, pelo silêncio faz oposição ao barulho em que vivemos, empurrados pelos órgãos dos sentidos.
Enquanto a opção pelos sentidos é radical, a opção pelo silêncio balanceia nossa vida;
O mundo tem opções para todos, mas nem toda opção atende a cada um; atendem a natureza humana apenas as opções que alternam o barulho dos sentidos e o silêncio de dentro; aí se instala a terceira opção; que a prática de fora encontre equilíbrio no silêncio de dentro.
Mundo assim edifica o ser humano; assim damos sentido ao mundo.

Nenhum comentário: