Sim. Eu era pobre e ganhei na loto; mudei de mundo; era ignorante; cursei a faculdade; mudei de mundo. Ah! Não é deste mundo a que você se refere? Não era!
Nas escalas do espírito também é assim: quanto mais eu adquiro consciência. Mais eu mudo de mundo. Imaginemos o sujeito leu tanto e não percebeu que seu aperto lhe tirou a luz do sol; janelas abarrotadas de livros; súbito ele se dá conta de que precisa da luz e vai tirando os livros das janelas; a cada livro que ele retira, entra no quarto um filete .
Cada filete que lhe penetre de sabedoria, é uma mudança de mundo e assim até que todos os livros que impediam a entrada de luz sejam retirados. E há mais ainda: cada vez que se esquecer dos livros; cada vez que abdicar dos livros, a luz lhe vem de dentro para fora e, nos próximos mundos, habitaremos áreas mais iluminadas pelo que fizermos por esquecer de tudo. Há pois o mundo dos que ganharam na loto, esse tudo tem para seu sustento e há os que abdicaram de tudo: esses se sustentam na luz que não se apaga, independentes de onde estiverem.
Peça escrita durante o mês de Maio de 2009
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