Para nos relacionarmos melhor, basta que sejamos abertos, respeitando a história do outro; ele quer nos falar de suas vivências, de suas peripécias e, enquanto fala, sentimos suas projeções; se estivermos abertos para ouvi-lo, ele se escancara e podemos ouvir as vozes que, paralelamente falam de sua história.
Aquele vendedor recebeu um recado da secretária de uma grande empresa:
- o gerente quer falar com você; gostou muito de você.
- como assim se, durante nosso encontro, eu apenas o ouvi!
O homem queria um ouvinte e abriu sua história ao vendedor; o vendedor vendeu seu produto pelo silêncio; o comprador comprou pela catarse.
Cada um tem sua verdade que vem de outras fontes e ele pode até não ter consciência delas, busca apenas o alívio de suas tensões; quer descarregar algo que desconhece, mas que o atormenta.
O relacionamento com o outro é sedimentado pelo esforço de distinguir o estágio do outro e assimilar dele ou proporcionar-lhe adendos de vida. O abrir-se é isso: que os outros encontrem em nós um modelo com que harmonizem suas aspirações.
Se nosso relacionamento é com nós mesmos, então precisamos esquecer o mundo e fazermos algumas incursões nesse território de grandes jazidas petrolíferas; não serão necessárias grandes perfuradoras; basta uma: a vontade; por ela, direcionamos a mente para a maior de todas as jazidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário