quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

2 - O Ser humano – Procedência e Destino – 2/6 ( Em 28/04/2009 )

Vimos no capítulo anterior que somos dotados de:
- Mente, Consciência e Luz
- A Mente se separou da Consciência e ficamos sem referencial de luz; ficamos, no escuro, no caos. A Consciência então nos dispôs para a travessia, do inanimado na pedra; para o animado na vida: vegetal, animal, mental.
            As lutas de competição pela vida realizam-se no movimento; nada têm a ver com nosso itinerário em repouso; em nosso itinerário, a vida é apenas o fio teleférico pelo qual deslizamos rumo às alturas.
            Quando entramos no âmbito do mental, a Consciência faz a última interferência; daí em diante é trabalho da Mente de promover o próprio retorno. A Consciência faz emanar de si mesma a alma; a alma dispõe de todos os atributos da Consciência; a alma habita em repouso, no ser humano; sobretudo nos espaços vazios do coração.
O espírito é uma emanação da Mente; atua no movimento.
            Entre a alma e o espírito, mantém-se a separação; o vazio, o vácuo, a escuridão.
A Ciência moderna denominou esse vácuo, esse vazio de Inconsciente; ali é espaço de serem fermentadas todas as nossas aflições que dão causa à complexidade de nossa vida neste mundo.
Quatro espécies de fontes nutrem nosso inconsciente:
1 - fomos gerados sem a participação da Consciência; somos inconscientes.
2 - nossos traumas psicossomáticos.
3 - a lei de causa e efeito.
4 - a sonegação do saber.
Vimos que somos Mente e Consciência; num ato de reproduzir a vida, Mente e Consciência devem ser os agentes de fecundação; no entanto, num ato de fecundação, a Mente se separa da Consciência. Somos gerados apenas com a Mente, sem Consciência: o homem se centra nos próprios órgãos reprodutores para alcançar o melhor proveito do momento; a mulher se centra nela para tirar o maior proveito do momento. Ambos se centraram cada um em si.
A Mente se desloca para um ponto que não é habitat da Mente nem da Consciência; foi um ato realizado apenas no movimento; fora do ambiente da Mente e da Consciência.
Reprodução assim exalta o ego; é egoísta. A Consciência não participou dessa reprodução; foi um ato inconsciente.
Para que a Consciência participe de uma fecundação, o casal deve se concentrar, ambos na Mente, na cabeça ou ambos no coração. Os dois num mesmo ponto porque os polos estão invertidos no homem e na mulher. 
Na mente da mulher estão: sabedoria, verdade, justiça e amor – polos da Consciência.
Na mente do homem estão: memória, razão e inteligência. – polos da Mente.
No coração da mulher estão: memória, razão e inteligência – polos da Mente.
No coração do homem estão: sabedoria, verdade, justiça e amor – polos da Consciência. 
Sem a concentração dos dois na Mente ou no coração, os filhos são produtos do ego; nascem egoístas, inconscientes; com aptidão para atuar apenas no movimento; sem qualquer dotação para o repouso; gerados apenas sob o movimento, são descrentes de que exista outro plano além do movimento em que foram gerados.
Filhos gerados apenas com a energia do movimento não têm defesa: falta-lhes a energia interior; são criaturas descrentes, medrosas, inseguras, depressivas, egoístas.
Do ponto de vista físico, filhos gerados apenas sob a energia do movimento são acometidos por: alergias, tumores, câncer, diabete porque neles atua apenas um dos polos de energia: a energia do movimento, e a energia do movimento é devastadora; nada Consciente.
            Essa ausência da Consciência em nossa concepção é o pecado original a que as religiões se referem. A origem foi pecaminosa porque, o ato de reproduzir a vida dispensou a Consciência que é o Princípio Criador de tudo, também da vida.

                        Próximo Capítulo: O inconsciente - continuação

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