Quietude, serenidade. Qualquer movimento que ultrapasse a linha da mente; o organismo se agita por receber outros fluxos de que resulta em incapacidade do organismo de conter o excesso de energia.
Então, em êxtase o corpo se excede em tremores e espasmos enquanto a mente permanece no vazio da consciência; absolutamente envolta na alegria do encontro. Como a Consciência é o princípio de tudo, o Pai, como é designado pelas religiões; a Mente é o Filho, regozija-se quando retorna à convivência com o Pai.
Nesses encontros, os corpos de alguns místicos reagem de forma variada: uns ficam tesos rijos e se dão sinais de vida apenas pela batida do coração, pelo nível da pressão; o mais é quietude absoluta porque a mente saiu do movimento e alcançou o repouso; está em repouso.
As visões interiores são as mais variadas sobre o que se passa em outros planos e o místico, com muita frequência, não se imbui da obrigação de passar o que viu, ouviu para a terra; isso não é bom! Na convicção de que aquilo não seria entendido pelo povo; cria assim entraves de prosseguir para outros planos; terá de voltar para deixar o que sabia e não revelou. Não importa saber se o povo está no nível de saber ou não; com o tempo, aquilo será entendido e traduzido para orientação do povo, o que importa é que não podemos manter esses segredos, salvo se formos orientados para tanto.
Êxtase assim transforma-se numa prisão para o espírito e se transforma em inquietação para o monge que não sabe transmitir suas experiências.
Há os que levitam por extremo desapego; o corpo se tornou leve quando meditam a tal ponto de não sofrer a atração da terra. Entra no vazio de tudo e fica como os astronautas: suspensos da terra.
Em qualquer situação o êxtase resulta de uma entrada em si mesmo e espírito e consciência, quanto mais pleno for esse contato.
O perigo do êxtase é apenas a necessidade de passar alguma experiência para os da terra; sem isso, o êxtase é pura exibição.
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