segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Busque soluções – 3/6 ( Em 17/03/2009 )

Se a solução é para os outros, pode ser que nossa interferência atrapalhe o desenvolvimento deles; eles precisam passar pela experiência e nós a interrompemos.
O moço viu a borboleta se esbatendo por sair do casulo e quebrou um pedacinho da casca; a borboleta se libertou, mas ele percebeu que certas partes estavam atrofiadas; não tinham participado do esforço por sair; não se desenvolveram; ficaram atrofiadas, presas fáceis das formigas.
Assim é conosco: crianças mimadas, filhos que não participam da limpeza da casa, não ajudam a arrumar a cozinha após as refeições, crescem sem o exercício de saber colocar cada coisa em seu lugar; não participam do ambiente da própria família; não aprendem a estar juntos com os próprios familiares; não promovem o próprio desenvolvimento em coisas menores; como queremos que sejam bem sucedidos em coisas maiores? Têm de ser alienados da própria casa; são potencialidades não desenvolvidas; alguém lhes quebrou a casquinha do casulo e eles perderam a capacidade de buscar soluções.
As meninas recebem bonecas e, com elas, vão se condicionando à maternidade; os meninos não são introduzidos no mundo da organização nada se fala sobre as finanças da casa, o que é ativo e passivo no ambiente de um lar.
Já não me refiro àquelas que estão de fato precisando de ajuda; aí é ato humano; julgo obrigatório buscar soluções para quem de fato precisa; dar-lhe a mão em suas reconhecidas necessidades.
Se a busca de soluções é para nós, aí sim. A aventura acontece quando entramos em nós; somos orientados pela consciência; visualizamos as soluções de que precisamos.
Buscar soluções é um ato reflexivo nós em nos; mesmo que a solução seja para outrem; talvez em nós esteja a chave que abre as portas de poder ajudá-las.
Aquele alpinista queria alcançar o pico do monte; veio rápida a noite e ele se aventurou assim mesmo. Súbito escorregou e se foi montanha abaixo; ficou pendurado pela corda.
- meu Deus, me ajuda a sair dessa aflição.
Ouviu uma voz:
- acreditas que eu posso te ajudar?
- acredito sim Senhor, acredito.
- então corta a corda por que estás pendurado.
No dia seguinte, o salvamento o encontrou pendurado a um metro do chão.
Esse moço não tinha aprendido a buscar soluções em si mesmo; quando se percebeu no dilema, não encontrou em si referenciais que o norteassem.
Não podia tomar decisão sem um modelo de dentro dele mesmo.  

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