Costuma se dizer que o mundo é dos espertos: os espertos atuam no movimento. Atrever-se é buscar superação.
No mundo dos homens, os atrevidos levam vantagem pelo fato de estarem à frente. Não por liderança, que a liderança é contínua; o atrevido atua por momentos e, por momentos, manifesta a confiança que tem em si. O atrevimento é ato pessoal. A História está cheia de exemplos de atrever-se.
Para nós, basta aquele exemplo de Prometeus; ele se atreveu a roubar o fogo do céu com que iluminasse os homens, mas é interesse dos poderosos deste mundo que os homens não devam ser esclarecidos; é mais fácil de conduzi-los; então Prometeus foi submetido ao castigo de dispor seu fígado para alimento de uma águia. Como era imortal, o fígado se renovava sempre.
Fique para nós apenas o exemplo de atrevimento de Prometeus; se não conseguiu iluminar os homens, pelo menos deixou-nos a consciência de que existe uma luz para cujo alcance os homens devem lutar por alcançarem a própria iluminação.
Atrever-se é isso: esquecer-se de si mesmo por uma causa que se deseja alcançar.
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