Faz parte de nossa natureza esquecer o pão comido; comeu esqueceu; tudo o que se refere a nosso reconhecimento como pessoa humana. O esquecimento de quem nos dá a mão é um fato triste mas é: não aprendemos a ser gratos porque, para manifestar gratidão, estamos aceitando que fomos incapazes de resolver certa situação, quando o outro nos ajudou, e nosso ego não tolera esses rebaixamentos. Triste de nós sujeitos a esses controles remotos instalados em nosso inconsciente.
Ser grato é vencer, insurgir-se contra esses padrões internos que nos querem, quanto pior, melhor. De maneira que, ser grato, é superar-se; reconhecer os valores de quem nos servimos, reconhecermos nossos limites e aceitarmos e termos em mente a gratidão.
Entre os colegas então a coisa é mais acintosa ainda; o colega pode até se afastar de quem lhe fez favor apenas para não ver alguém de quem dependeu em certo momento, quando o correto é estirar-lhe a mão em agradecimento de exaltar o protetor.
não raro, o socorrido se afasta de quem o ajudou e ainda inventa calúnias contra o ajudante.
Como acontece com as adolescentes? Elas contam suas confidências à amiguinha de absoluta confiança, o mundo gira, uma birra qualquer e a confidente passa a ouvir seus segredos transitando de boca em boca.
Sem adotarmos a gratidão, somos candidatos à traição.
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