sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O ser humano – Procedência e Destino - O Abismo – 3/6 ( Em 25/05/2009 )


Vimos que, entre a Consciência e a Mente existe uma relação de Criador e Criatura. A mente não alcança a Consciência; as duas atuam em campos opostos: a Mente presa ao movimento e a Consciência liberta em repouso. Entre elas, no entanto, forma-se um vão, um vácuo, um vazio; mas esse vão não é geográfico; é apenas o limite de alcance dos atributos da Mente e da Consciência.
Michelangelo pintou uma tela em que o Criador estende o braço, o dedo e o homem estende o braço, o dedo e os dois não se alcançam, não se tocam; fica um vão, um vazio.
Quando ouvimos que a Mente se separou da Consciência, quer se caracterizar essa diferença entre as duas. A mente tem consciência por herança, todavia não aplica qualquer nível de Consciência por que não consegue se desvencilhar da teia que o inconsciente traça
Essas coisas estão expressas no Gênesis 1,1; lá se afirma que “no princípio Deus criou o céu e a terra; a terra estava deserta e vazia, as sombras cobriam o abismo e o espírito de Deus pairava sobre as águas.”
Esse versículo se refere a como Deus fez o ser humano em que o “céu” é o cérebro, para habitação da Mente; a “terra” é o coração humano; no princípio Deus fez o coração humano  deserto e vazio; sem as manchas acumuladas pelo inconsciente.
As sombras que cobriam o abismo são nossa desinformação, nossa ignorância sobre esse abismo; “e o espírito de Deus pairava sobre as águas”; pairava, não tocava porque não alcançava nem alcança; nosso espírito não alcança as águas que são os atributos da Consciência.  
O abismo é o ponto onde estão acumulados os valores do inconsciente de que falamos antes;

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