Não podemos ser únicos se vivemos voltados para fora! Comparar-se é voltar-se para fora, para o externo; comparar-se é de quem se apega às aparências.
Da comparação nasce a inveja; a inveja é um cupim que rói nossas estruturas; a inveja é um mal em nós, alimentado por nós mesmos.
Já ouviu fala daquela serpente oroboros? Ela se alimenta do próprio rabo; alimenta-se de si mesma. A inveja é essa serpente: habita em nós e se alimenta de nossas fraquezas.
Comparar-me com alguém já é alimentar a serpente: se me julgo melhor do que o outro, alimento-a pelo orgulho; se sou inferior ao outro, aí a serpente se alimenta de minhas frustrações.
Só uma comparação é válida: entre o desenvolvimento de fora com o de dentro de nós mesmos; feita a comparação, buscar que ambos disponham da mesma intensidade de energia; o equilíbrio das duas faces nos daria o perfil de nosso rosto, seríamos únicos.
Somente pelo equilíbrio de nossos opostos individuais poderemos ser únicos. O caminho para a unicidade se dá quando direcionamos nossa mente pelos corredores de nossa psique; aí não há referencial para comparação porque o mundo interno é abstrato.
Nós somos únicos, pela conciliação dos opostos; os dois serão um.
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