Libertação é ato reflexivo; o sujeito libertando-se de alguma coisa por esforço pessoal. A libertação é pessoal.
Já vem do fundo dos tempos a norma de que devemos conhecer a nós mesmos, anunciada pelos gregos antigos, no templo de Delphos.
Como conhecermos a nós mesmos? Já sabemos que somos dotados de Mente e Consciência e que a mente se afastou da consciência.
Nossa tarefa é a de orientar a mente na direção de volta a sua origem. A mente está a serviço de nossa vontade e podemos conduzirmo-la conforme nossa determinação.
Para irmos da mente para a consciência precisamos passar pelo paredão do inconsciente de que falei na semana passada.
Lá está escrito o que é o inconsciente, como age, de onde veio; mas não precisamos conhecer nada disso; basta que nos esforcemos por fixar a mente, o mais possível, num órgão de nosso corpo; o segredo é segurar a mente. Se a mente se calar, as vozes de dentro não têm como exprimir sua confusão.
Se a mente estiver fixa num ponto, o inconsciente, não encontrando a mente que se deslocou para o ponto de nossa indicação, tende a se retirar pelas fendas abertas que a mente vai formando pelo silêncio.
Cristo diz assim: cuidai primeiro do reino de Deus e o resto vos será dado por acréscimo. O reino começa pelo silêncio interior.
Nossa tarefa é fazermos o silêncio interior; o resto temos a garantia de que virá por acréscimo.
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