A afirmação “túmulos caiados” dá bem a dimensão dos que se situam nas aparências: por fora é tudo branquinho, alvo, vistoso; por dentro é túmulo; não precisa especificar.
Faz lembrar Esopo: Os cientistas observavam o universo; nisso algo estranho fixou o olhar: um animal de proporções descomunais percorria a superfície da lua em poucos passos; algo aterrador fantástico; vieram outros cientistas; era o fim do mundo; não demoraria que aquilo chegasse à terra. Houve correria, angústias e aflições.
Certo dia o filhinho de um dos cientistas:
- deixa ver pai, o monstro.
O pai ajustou a luneta: - aqui filho, nesta direção.
E a criança:
- pai, não dá pra ver direito; tem um ratinho na luneta.
Assim as aparências são medidas pelos sentidos do observador; ele projeta nas coisas seus anseios e se deixa levar pelo que ilustra melhor sua imaginação.
Aqueles cientistas apenas projetaram no ratinho o mundo das aparências em que viviam. A visão interior não deixa a mente andar solta; isso torna a realidade muito mais objetiva e mais clara.
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