quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Escolher e colher - 4/6 ( Em 20/01/209 )

Plantou batatas? Não pode colher milho, algodão nem pepitas de ouro; há de colher batatas. É a lei de causa e efeito: a energia volta na mesma intensidade de meus atos; se penso mal, como posso colher o bem no mal que planto? Se calunio os outros, o que posso receber? Elogios pela calúnia que levantei?
Só por distorção isso acontece entre os espertalhões ser louvado na medida de sua esperteza, de suas trapaças. No entanto, se não temos vocação para a fraude, precisamos escolher melhor para colher o melhor. Precisamos ser bons para recebermos atos de bondade.
História um pouco longa mas que cabe bem: aquele moço, sob intensa chuva, ia pela estrada, à noite e viu uma mulher com problemas no carro; ofereceu-se por ajudá-la. Ela apavorada, sozinha: - ele termina o conserto e me assalta, pensava ela.
Tudo consertado, a mulher tímida quis pagar; ele nada quis. Apenas, por insistência dela, sugeriu que desse uma contribuição a alguma pessoa necessitada que encontrasse pela rua. A mulher saiu dali impressionada com aquele gesto; na cidade, entrou num restaurante, tomar um chá quente; veio servir-lhe uma garçonete em final de gravidez. A mulher pensou: essa assim tão pesada e ainda trabalhando, acho que ela precisa. Deu-lhe polpuda gorjeta; a mamãe quase pulou de alegria; estava dificuldade, o marido desempregado, agora tinha como se preparar para o nascimento do bebê. Deu-lhe o endereço, - se a senhora quiser, apareça, nossa casa é humilde mas...
A mulher saiu dali pensando que, o que fizera não era suficiente: comprou todo um enxoval, e foi levá-lo no endereço indicado. Bateu à porta e veio atendê-la o homem que a havia ajudado na estrada.
É assim a lei de causa e efeito: o homem colheu o que escolhera. A grávida era sua esposa. Aquele homem plantou batatas e colheu tantas que alimentou até o bebezinho que ia nascer.

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