Só por distorção isso acontece entre os espertalhões ser louvado na medida de sua esperteza, de suas trapaças. No entanto, se não temos vocação para a fraude, precisamos escolher melhor para colher o melhor. Precisamos ser bons para recebermos atos de bondade.
História um pouco longa mas que cabe bem: aquele moço, sob intensa chuva, ia pela estrada, à noite e viu uma mulher com problemas no carro; ofereceu-se por ajudá-la. Ela apavorada, sozinha: - ele termina o conserto e me assalta, pensava ela.
Tudo consertado, a mulher tímida quis pagar; ele nada quis. Apenas, por insistência dela, sugeriu que desse uma contribuição a alguma pessoa necessitada que encontrasse pela rua. A mulher saiu dali impressionada com aquele gesto; na cidade, entrou num restaurante, tomar um chá quente; veio servir-lhe uma garçonete em final de gravidez. A mulher pensou: essa assim tão pesada e ainda trabalhando, acho que ela precisa. Deu-lhe polpuda gorjeta; a mamãe quase pulou de alegria; estava dificuldade, o marido desempregado, agora tinha como se preparar para o nascimento do bebê. Deu-lhe o endereço, - se a senhora quiser, apareça, nossa casa é humilde mas...
A mulher saiu dali pensando que, o que fizera não era suficiente: comprou todo um enxoval, e foi levá-lo no endereço indicado. Bateu à porta e veio atendê-la o homem que a havia ajudado na estrada.
É assim a lei de causa e efeito: o homem colheu o que escolhera. A grávida era sua esposa. Aquele homem plantou batatas e colheu tantas que alimentou até o bebezinho que ia nascer.
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