Parece-me que este ambiente mental do povo das Américas de influência Latina é o mais avançado de todos. Veja se estou certo.
Lembrando inicialmente que é preciso equilibrar os opostos: movimento e repouso precisam estar equilibrados; se os resultados forem alcançados com um apenas não são suficientes. Um passarinho de uma só asa não vai a lugar nenhum; é presa fácil dos predadores.
Os povos do oriente longínquo têm vivência interior de cinco mil anos; adoram a vaca, o rato, o macaco, dormem sobre pregos, ficam três dias enterrados vivos e vai por aí. Significa extraordinária prática de conduzir a mente para a própria interioridade; a mente está do lado de dentro. Mas esse povo, de vivência interior tão intensa, não tem experiência de vivência no movimento. Essa experiência apenas no repouso significa que eles têm só um dos lados desenvolvido.
Os povos do Oriente Médio estão no torvelinho do movimento; exprimem-se pela força do mais forte; ainda vivem os tempos do olho por olho, dente por dente. Os homens-bomba são sua expressão máxima na linha do revide.
Os povos da Europa vivem aprisionados ao racionalismo; o racionalismo saturou a Europa; a Europa está cansada, esgotada. Creio que não há o que se ver na Europa, senão o que passou. A Europa vive do passado. Sob essa mesma cadeia racional incluam-se dois países da América
Os povos da África não aprenderam ainda a trabalhar a própria mente; vivem em estado de fome há séculos é o sinal da inanição, dormência, embora haja tanta riqueza em seu solo.
Já os povos das Américas de Língua Latina atuam no movimento e desenvolveram a sensibilidade, a emoção, a fé. Talvez beneficiados pelo clima, pela catequização. O fato é que esse povo, sem deixar de ser racional, atuar no movimento, vive intensamente estados de humanização, de sensibilidade com os de sua afeição, adotou ser sensível, alegre e fervoroso; isso é o passo inicial para a própria interioridade.
Daí me parecer que a comparação é válida. Eu mesmo vivo reclamando nestas páginas sobre nossa necessidade de interiorização; porque entendo que, do bom aluno, sempre se deve cobrar mais.
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