Meu Deus, que coisa difícil! Mas que deveria ser de suprema aspiração por nós!
Faz lembrar os astronautas; lá do alto, contemplam os horizontes sem fim; a terra, seus vizinhos e parentes distantes.
Creio que assim seria uma contemplação de dentro para fora: ver as grandes paisagens internas, as correntes de energia, o encontro delas com a energia do movimento e ligeiros meteoritos acontecerem dentro de nós, enquanto extensas planícies de um luminoso áureo pontuavam o horizonte e percebermos que tudo aquilo seria extensão de uma fonte jorrando da alma, a partir de nós. Então veríamos os 4 rios mencionados no Gênesis: o corpo, a mente, a alma e a consciência; extensões luminosos sob nossos olhos extasiados. Mais longe, grandes sombras que se formaram em nossa mente; espessas nuvens na extensão de nosso inconsciente ainda resistindo a ser dissolvido; mais distantes, os transeuntes que correm atrás de seus compromissos e tudo visto de um posto situado nas profundezas de nosso ser.
De lá contemplar aquele vale em que se divide nosso cérebro, percorrer sua extensão vazia onde nem as plantas medram; levar a luz àquela região, que, sendo ali o meio entre dois opostos se confrontam, ali será o lugar de onde aflore a luz com que iluminar e eliminar definitivamente o inconsciente
Olhar-se com o olhar de dentro é ocupar o lugar da alma; tenho certeza de que ela cederia de bom grado, seu lugar para que ali permanecêssemos
Olhar-se com olhar de dentro não pode ser de quem sempre viveu dentro porque nada entende de quem vive aqui fora; olhar-se com o olhar de dentro é ter-se trabalhado de tal forma que, de fora para dentro, transformou-se num ser novo, conciliadas suas energias de dentro e fora.
O olhar reflexivo é de fora para dentro; esse olhar de dentro para fora só pode se verificar no domínio da consciência.
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