Sim. Convivemos apenas com um dos lados de nós, envolvidos no movimento. Se, vivendo no movimento, não alcançamos a parte melhor, não seria ideal que tentássemos a outra parte que o tema aponta como sendo a melhor?
E nós achamos que, para alcançar essa parte melhor, só pedindo a Deus. Incentivaram-nos a pedir. Fazemos de Deus um bombeiro que chega e arromba a porta para salvar a vida.
Com Deus não é assim. A casa está em chamas? Deus espera que você tome a iniciativa de abrir a porta. É uma porta que você sempre pode abrir; aí sim ele salva você, independente da intensidade do fogo.
Como estamos sempre sob esse incêndio, o pedido não resolve, é preciso abrir a porta; se a porta estiver aberta, Deus entra mesmo sem o pedido. Aí é que vem a parte melhor; você se percebe dotado de todos as aqueles valores a que sempre aspirou: liberdade, visão interior, sabedoria e seus prolongamentos.
Eu disse mal; eu disse que, se você abrir a porta, Deus entra; é o contrário: se você abrir a porta Deus sai; sai com você do incêndio. Deus já está em você, prisioneiro de você; o negócio é abrir a porta que ele saia. Então saberemos qual é a melhor parte que ainda está por vir.
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