quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O mundo seria melhor sem as religiões? - 2/6 ( Em 27/01/2009 )

            De forma alguma! Os que levantam esse tipo de questionamento já esqueceram de que se beneficiaram com elas e, por elas, adquiriram uma visão mais ampla. As religiões atuam em dois estágios:
- pelos sentidos.
- pela memória.
a - pelos sentidos, as religiões trabalham: visão, audição, paladar, cheiro, tato.
b - pela memória, as religiões trabalham com textos, a história, os fatos, as ilustrações.
Superados os planos de sentidos e memória, o homem quer avançar, mas as religiões precisam permanecer com as massas; não podem acompanhá-lo. Elas então põem em disponibilidade todo o acervo de interpretações para que o homem avance sozinho, faça o exercício de se desapegar e de se desenvolver.
Acontece que o homem estava acostumado a ser conduzido pelas religiões; quando os rituais não foram além do que ele alcançou com elas, ele se revolta contra elas e afirma coisas assim, esquecido de onde veio. Ele não se esforça por ir sozinho; fica parado, projetando nas religiões sua falta de vontade. 
Afirmar que o mundo seria melhor sem as religiões é induzir nos outros idéias de que as religiões não surtem efeito; atrapalham; não devemos praticar religião. Isso é irresponsabilidade. Os que disserem que não precisam de religião ou já superaram a fase da memória ou são inconscientes; não sabem sequer o que não sabem.
Os condutores das religiões podem e devem ser criticados se não conduzem direito seu mister, mas daí até nos sentirmos no direito de transferir as falhas humanas para a religião vai uma distância muito grande que devemos evitar.

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