quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Carta à Ilza – Como pedir - 2/6 ( Em 07/10/2008 )

Minha querida Ilza,

Fiquei feliz com a assimilação que você fez de meu texto anterior; o comentário traz as  propriedades de uma águia. Ao final, você apresentou um desapontamento:
- se é para pedir em silêncio, como posso pedir por meu filho, meu pai, por pessoas amadas?
Justa a questão e aguda para se explicar. Esta é uma via com que você me ensina Ilza; é quando a mulher se coloca no centro do problema e com suas antenas direcionadas para o infinito, traz-nos, dessas alturas, a marca de onde esteve.
Toda pessoa doente, nervosa, agitada está com excesso de energia do movimento. A energia do movimento, quando sozinha dentro de nós, corrói as fibras, causa lesões internas que dão origens a doenças de muitas espécies, inclusive o câncer.
Se nosso objetivo é aliviar, minorar a doença, a depressão e tanta coisa assim, causada pela energia do movimento,  teremos de levar ao doente, ao carente a energia do repouso; teremos de, com nosso silêncio interior, aproximar o pólo do repouso àquele movimento.
- então como pedir por meu filho?
Direcione sua mente no vazio para ele; pode entrar; passe com a mente pelo ponto que lhe parecer carente de modificação; não queira modificar; qualquer querer atrapalha; apenas passe com a mente vazia pelo ponto lesionado.
Isso é pedir em silêncio. Essa é a maneira correta de curar; era assim que Cristo fazia. Tinha pleno domínio do silêncio interior; levava-o para dentro doente.
Não existem malabarismos na interioridade humana; ali tudo é repouso; faz-se o repouso pelo silêncio; o movimento não é silêncio; por isso causa lesões; a mente no silêncio de fora e dentro é a cura para os males do mundo.

Nenhum comentário: