quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Guiar – 4/6 ( Em 07/10/2008 )

Para guiar, é preciso ter o roteiro de antemão; conhecer o trajeto; o roteiro é um mapa que indica o percurso e as variantes do caminho.
O caminhar para dentro de nós mesmos dispensa o roteiro. Se, para andar por fora, a dificuldade é a de saber o caminho, a meditação dispensa qualquer consulta; quem medita, abre-se às manifestações da alma e, do fundo de nós mesmos, a alma acena por um sonar, como fazem as baleias que se comunicam a quilômetros e as demais seguem naquela direção apenas guiadas pelo som.
O guia supremo é a alma, quando nos pomos dispostos a passar pelo portão de entrada para a meditação.
Por que é preciso a intervenção da alma? Porque, para que se alcance a entrada, os obstáculos querem impedir a passagem. Sabe aqueles mascates que se põem na periferia do estádio? Querem vender suas bugigangas de qualquer forma e, por serem tantos, atrapalham  a entrada? Assim são os obstáculos que se interpõem do lado de fora, à entrada do portão.
O guia está do lado de dentro e seus sonares são captados pelo viajor. De maneira que, ter um “roteiro de antemão” é importante se o percurso for externo; por dentro, temos um guia para contornar os pontos críticos; quem faz meditação já deixou o guia para trás; a jornada agora é no só de seu destino.

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