terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Triângulo amoroso – 4/6 ( Em 28/10/2008 )

            A minha querida Luciene me mandou a história daquele moço que pouco visitou a mãe nos 21 anos de casado. Por uma articulação sutil da esposa, filho e mãe se encontraram a sós num restaurante; conversaram longamente. Ela quis pagar a despesa, ele não aceitou.

                              - então marquemos outro encontro e eu pagarei.

O filho aceitou; dias depois, soube da morte fulminante da mãe. Entre os pertences, havia um cheque destinado à próxima despesa. A mãe o reservara indicando a finalidade: se eu não for, ele irá com ela.
 A história parece simples, mas guarda alguns segredos bem escondidos:

                                             - o número 21

                                              - a intuição do feminino.

O número 21 é formado pelos números 2 + 1 = 3; o número três é o número do triângulo: dois opostos na base conciliando-se num terceiro elemento.

O olho esquerdo e o olho direito conciliados dão origem à terceira visão. 

Os fios positivo e negativo conciliados na lâmpada, dão origem à luz que ilumina nossa casa.

Aplicando à história da Luciene, temos:

                                     - mãe e filho conciliados no restaurante. 
                                     - a mãe se sublima com a morte
                                     - permanecem os opostos: esposa e marido.
                                     - os dois se encontram no mesmo lugar; o encontro é promovido pela mãe.
            Temos então:

                                     - filho e esposa conciliados sob orientação da mãe: deixou por escrito.
                                     - está formado o triângulo: filho x esposa vinculados à mãe pelo cheque
                                     - a mãe num plano mais alto, promovendo o encontro dos dois. 

Do ponto de vista da intuição, temos dois femininos sincronizados. Convicta de que o filho está sob os mesmos cuidados que ela dispensaria a ele, a mãe se retira e deixa o cheque; o cheque não é um valor comercial; é o selo que promove a união do casal; que os dois estejam juntos num ambiente de união, de comunhão, a mãe custeando o alimento.  
Essa história da Luciene rompe o conceito que se tem de sogra; ela se manteve distante do casal e deu ensejo que a nora manifestasse uma aguda intuição, como se tivesse
recebido algum aviso de que a sogra não duraria. Apresenta um triângulo amoroso que termina fechado e consagrado em si mesmo. 

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